AC sedia reunião do Parlamento Amazônico e debate alto preço de passagens áreas e logística na região Norte


Mais de 60 deputados debatem questões relacionadas à Amazônia nesta quarta-feira (31). Relatório final deve ser apresentado para o presidente Lula.
Acre sedia reunião do Parlamento Amazônico e debate alto preço de passagens áreas e logística na região Norte
Eldérico Silva/Rede Amazônica Acre
Mais de 60 parlamentares se reuniram, nesta quarta-feira (31), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), para debater o desenvolvimento e dificuldades de acesso a estados da região Norte. Os debates ocorrem durante mais um encontro do da Associação do Parlamento Amazônico, que é um grupo da Conferência Nacional da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale).
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Cada estado aponta o que deve ser debatido para aquela região e um relatório é montado para ser entregue ao presidente Lula. Além da particularidade de cada estado, um assunto unânime entre os deputados da região Norte é a questão da logística – com alto preço de passagens áreas e a dificuldade de acesso até a capitais de estados nortistas.
“Estamos tratando das pautas comuns de nós amazônidas. No caso aqui, temos a pauta da aviação trazida pelo governador, presidente da Aleac, então a gente une as forças dos nove parlamentares, leva essas pautas para a esfera nacional. Cada estado tem sua pauta e a gente une forças para buscar solução em Brasília e vamos nos reunir com o presidente Lula para fazer essa pressão do parlamento estadual”, destacou Jory Oeiras (PP-AP).
Wellington do Curso (PSC-MA) destacou que as dificuldades de sair ou entrar em estado do Norte precisam ser debatidas para que haja um entendimento.
“A discussão é a dificuldade de acesso para as regiões do Norte do país, para as capitais da região Norte. Saí do Maranhão, tive que ir em SP, Brasília e só entra no Acre na madrugada. É preciso trazer mais voos para se ter mais desenvolvimento, crescimento econômico, à distribuição de emprego e renda. O parlamento é isso; uma discussão ampla para melhorar, desenvolver nossa região, que tem que ser discutida por nós da região Amazônia”, enfatizou.
Política ambiental
Do estado vizinho, Rondônia, Laerte Gomes (PSD) disse que a política ambiental também tem que ser debatida entre o parlamento.
“Não é possível que em áreas embargadas, produtores tenham que desocupar em 5 ou 10 dias como aconteceu no Sul do Amazonas e em algumas regiões de Rondônia, precisamos de tempo para se adequar à nossa legislação. Rondônia é um estado produtor, nossa aptidão é produzir comida, alimento e, para isso, a gente precisa de condições. Essa política ambiental, de embargos, têm atrapalhado muito a nossa produção. A gente tá preocupado, receoso em Rondônia, então a gente precisa se movimentar, unir todos os estados da Amazônia. Respeitar o meio ambiente, sem derrubar mais, mas corrigindo o que ficou pra trás”, pontuou.
Emerson Jarude (MDB-AC) disse que a criação do parlamento amazônico é uma forma de os estados trabalharem juntos questões que afetam a região como um todo.
“São nove estados, que, apesar de ter suas diferenças, têm problemas muito semelhantes, problemas esses relacionados com passagem aérea, todos têm dificuldade com isso, problemas na BR, que é constante, inclusive, através do parlamento amazônico conseguimos fazer uma reunião para falar sobre o assunto. O Parlamento amazônico discute também a questão da produção, sabemos das discussões ambientais, precisamos debater e conseguir um rumo para mudar a pobreza que temos hoje na Amazônia”, disse.
Relatório deve ser elaborado para ser apresentado ao presidente Lula
Eldérico Silva/Rede Amazônica Acre
Negociações
O secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), Assurbanipal Mesquita, disse que a reunião também é uma forma de fortalecimento dos negócios entre os estados da Amazônia.
“Esse encontro sediado no Acre mostra a importância do nosso estado no ambiente parlamentar, no ambiente político dos estados da Amazônia. O Acre vem despontando nesse sentido e parabenizar a assembleia por estar realizando. A oportunidade que vamos ter aqui é falar um pouco da inserção geoeconômica do estado do Acre. Estamos trabalhando na promoção desse corredor interoceânico e aí vamos mostrar que o fortalecimento do ambiente de negócio no estado do Acre nos últimos quatro anos; o crescimento do agronegócio, da indústria da madeira e animal e essa relação internacional com o Peru. Então vamos mostrar esse projeto e chamando outros estados para potencializar esse corredor”, reforçou.
O Parlamento Amazônico é formado pelas Assembleias Legislativas dos Estados, que compõem a Amazônia Legal Brasileira, sendo eles: Amazonas, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Pará, Maranhão e Tocantins.
Colaborou Eldérico Silva, da Rede Amazônica Acre.
VÍDEOS: g1

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