Olho à venda? Brasileiros fazem fila para ‘vender a íris’ e ganhar R$ 700; entenda o motivo

Imagens de filas em São Paulo viralizaram no TikTok nesta semana, mostrando brasileiros em busca de vender a íris por R$ 700. O fenômeno está ligado ao World, projeto criado por Alex Blania e Sam Altman, CEO da OpenAI, que busca registrar a íris de indivíduos para criar um “passaporte de humanidade” chamado World ID.

Filas para vender a íris a R$ 700 foram registradas em São Paulo na segunda-feira

Brasileiros fizeram filas para vender a íris esta semana em São Paulo – Foto: Reprodução/ND

O objetivo do projeto é diferenciar humanos de robôs e inteligências artificiais, promovendo segurança em ambientes digitais. Para incentivar a adesão, os participantes recebem uma recompensa em criptomoeda.

O Brasil já conta com mais de 100 mil usuários registrados em menos de dois meses. Enquanto isso, a iniciativa alcançou 10 milhões de pessoas globalmente.

São mais de 250 postos da World na América Latina

Projeto da OpenAI busca diferenciar humanos de robôs – Foto: Reprodução/ND

O que está por trás do interesse em vender a íris?

A tecnologia utiliza o Orb, um dispositivo que escaneia a íris das pessoas para gerar o World ID. Após o registro, os usuários recebem uma recompensa financeira em worldcoins, criptomoeda nativa do projeto. Atualmente, 1 worldcoin equivale a US$ 2, e a criptomoeda ocupa uma posição entre as 75 mais valiosas do mundo.

A empresa Tools for Humanity, responsável pela operação, afirma que o registro de íris não constitui uma venda, mas uma forma de engajamento incentivada por recompensas financeiras.

A recompensa é dividida: uma parte é paga imediatamente após o registro, enquanto o restante é liberado de forma fracionada ao longo de um ano.

Número de usuários cresceu em apenas dois meses

Brasil já conta com mais de 100 mil usuários registrados – Foto: Reprodução/ND

A iniciativa tem atraído participantes principalmente em economias emergentes, como a Argentina e o Brasil. No entanto, também enfrenta críticas e questionamentos sobre privacidade e segurança.

Em alguns países a empresa foi proibida de realizar o serviço. No Quênia, o governo ordenou que a World parasse de aceitar novos usuários por preocupação com a privacidade dos dados da população adquiridos. Na Espanha, a Suprema Corte baniu temporariamente a empresa no final de dezembro de 2024.

A empresa, no entanto, defende que sua abordagem faz parte da evolução da internet rumo à Web3, onde os usuários passam a ser recompensados pelo compartilhamento de seus dados.

Veja imagens das filas

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