Duas rodovias federais concentram 60% das mortes em SC; veja quais são as mais perigosas

Duas das mais importantes estradas de Santa Catarina, a BR-101 e a BR-282 concentraram, juntas, 59,3% das mortes em rodovias federais no estado em 2024. O registro foi feito e publicado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal).

BR-101, que atravessa Santa Catarina de Passo de Torres até Garuva, é a mais fatal das rodovias federais no estado – Foto: Germano Rorato/ND

No total, 415 pessoas morreram nas rodovias federais em SC no ano de 2024. A BR-101 contabilizou 124 mortes, enquanto a BR-282 teve 122 registros de óbito. A única rodovia federal que não registrou acidentes fatais foi a BR-258, que passa pelas cidades de Araranguá, Ermo, Turvo e Timbé do Sul e segue em direção ao Rio Grande do Sul.

Em relação a 2024, houve um aumento de 14% no total de mortes. No relatório, a PRF aponta que houve também aumento expressivo da frota em circulação nas rodovias federais em SC em 2024, que totalizou 6,2 milhões de veículos.

BR-282, que atravessa Santa Catarina de Florianópolis até São Miguel do Oeste, é a segunda rodovia federal mais fatal do estado, com apenas duas mortes a menos do que a BR-101 – Foto: Dnit/Divulgação/ND

Ranking de rodovias federais mais perigosas de SC em 2024

• BR-101: 124 mortes
• BR-282: 122
• BR-470: 70
• BR-280: 47
• BR-116: 35
• BR-153: 11
• BR-163: 4
• BR-480: 1
• BR-158: 1
• BR-285: nenhuma morte

Como evitar acidentes em rodovias

A PRF dá algumas instruções básicas para dirigir com segurança em rodovias federais e evitar acidentes que podem ocasionar em mortes:

• Planeje a viagem e faça a revisão do veículo para garantir a presença e o funcionamento de todos os equipamentos obrigatórios;
• Verifique também a documentação do veículo e do condutor, bem como dos demais ocupantes do veículo, incluindo crianças e adolescentes;
• Respeite os limites de velocidade estabelecidos para a via e obedeça às placas de sinalização. Onde não existir sinalização ou se ela estiver prejudicada, mantenha velocidade compatível com as condições da via. Quanto maior a velocidade, maior o risco e mais graves os acidentes;
• Tanto o condutor quanto o passageiros devem utilizar o cinto de segurança. Se houver crianças menores de 7 anos e meio, elas devem utilizar equipamento obrigatório compatível – bebê conforto, cadeirinha ou assento de elevação;
• Ultrapasse sempre pela esquerda e somente em locais permitidos, principalmente onde haja todas as condições necessárias para execução da manobra com segurança;
• Antes de iniciar uma ultrapassagem, certifique-se da distância e da visibilidade do veículo que pretende ultrapassar e dos que vêm em sentido contrário. Se outro veículo estiver ultrapassando ou tiver sinalizado a intenção de fazê-lo, dê a preferência e aguarde;
• Sinalize toda a manobra com antecedência e redobre a atenção ao ultrapassar ônibus e caminhões. Por se tratar de veículos grandes e pesados, é preciso se certificar de que há espaço suficiente para realizar uma ultrapassagem segura e, ao ser ultrapassado, não acelere, não mude a trajetória do veículo e mantenha distância segura do veículo à frente;
• Caso chova durante a viagem, acione os limpadores de para-brisa, diminua a velocidade e aumente a distância em relação ao veículo que segue à frente. Evite estacionar no acostamento, caso tenha que parar, procure um local seguro afastado da pista de rolamento;
• Mantenha sempre uma distância segura do veículo que vai à frente, a fim de se evitar colisões traseiras – tipo de acidente que mais tem sido registrado no país – nos casos de freadas bruscas;
• Cuidado com os pedestres, principalmente em perímetros urbanos cortados por rodovias federais e estaduais. Redobre a atenção e reduza a velocidade sempre que verificar a presença de pedestres nos acostamentos e às margens das rodovias.
• Trafegue sempre com os faróis acesos, mesmo durante o dia. Isso aumenta a visibilidade aos demais condutores e, principalmente, aos pedestres, além de melhorar a percepção de distância aproximada,
• Se a viagem for de motocicleta, o piloto deve sempre usar o capacete e manter distância das laterais traseiras dos veículos, eliminando assim o chamado “ponto cego”;
• Antes de mudar de faixa de rolamento, o motociclista deve usar os retrovisores.
• Motociclista, não trafegue próximo a caminhões. O deslocamento de ar produzido por esses veículos pode desestabilizar a motocicleta. Sempre circule com o farol ligado, para facilitar a visualização da motocicleta pelos pedestres e pelos veículos que estão no sentido contrário;
• Leve água, frutas e alimentos não perecíveis no veículo, para situações inesperadas como congestionamentos e interdições de pista.

Seguindo algumas orientações básicas da PRF, os condutores podem evitar acidentes fatais em rodovias federais e estaduais – Foto: Divulgação/PRF/ND