SC: Argentino desaparece em trilha; buscas continuam

Frecerico BruniArquivo pessoal

O argentino Federico Bruni, de 32 anos, está desaparecido em uma região de mata no município de São Bonifácio, próximo a Florianópolis, em Santa Catarina. Ele estava hospedado no camping Pandang, que confirmou ao Portal iG que o jovem esteve hospedado lá do dia 28 de dezembro a 28 de janeiro, quando saiu para fazer uma trilha para cachoeira do Sony, e decidiu acampar sozinho próximo ao rio Do Ponche, desde então não foi mais visto.

Federico estava no Brasil desde 16 de dezembro e mantinha contato frequente com sua família. 

Segundo seu irmão, Bruni avisou à família que ficaria três dias sem sinal, para que não se preocupassem. Na quarta-feira (29), a polícia encontrou sua caminhonete estacionada às margens do rio Do Ponche, com seus documentos e celular dentro do veículo. Do lado de fora, havia uma barraca montada, uma cadeira dobrável e seu cachorro, mas nenhum sinal do argentino.

“Meu irmão nos avisou na segunda-feira que ficaria no camping por três dias para que não nos preocupássemos, pois não teria sinal para se comunicar. Na terça, o pessoal do camping entrou em contato para nos informar que ele estaria acampando em uma área próxima”, contou Daniel Bruni ao jornal argentino La Nacion.

A principal hipótese das autoridades é que ele tenha entrado no rio e sido levado pela correnteza. Segundo familiares, a polícia acredita que, caso tenha batido a cabeça na água, pode ter sido arrastado para uma região de selva densa.

“Eles supõem que ele entrou no rio e a correnteza o arrastou. Esse rio tem um fluxo muito forte e, se você seguir a correnteza, há a selva”, explicou sua irmã ao jornal argentino. Segundo a hipótese da polícia local, se Federico bateu a cabeça na água e conseguiu sair mais adiante, ele pode ter sido levado pelo rio até o meio da selva.

Frecerico BruniArquivo pessoal

Buscas

As equipes de resgate utilizaram drones para tentar localizar Bruni, mas as buscas foram interrompidas devido ao mau tempo. Familiares pedem reforço nas buscas em meio à mata fechada e acionaram os bombeiros para ampliar o alcance da operação.

“Nesta manhã, a busca foi retomada por ar e terra. Precisamos que entrem na selva a pé”, pediu Daniela, acrescentando que tem amigos no Brasil que já entraram em contato com os bombeiros.

Parentes e amigos iniciaram uma campanha online para divulgar o desaparecimento e solicitar informações. Em postagens nas redes sociais, pedem que qualquer pessoa que tenha estado na região recentemente entre em contato com as autoridades brasileiras.

Frecerico BruniArquivo pessoal

O local

O município de São Bonifácio fica próximo ao Parque Nacional Serra do Tabuleiro, uma área de mata fechada, conhecida por suas trilhas e rios de correnteza forte. O rio Do Ponche, onde o veículo de Bruni foi encontrado, corta uma área isolada e possui cachoeiras ao longo de seu curso.

Essa parte da região, próxima ao Parque Nacional Serra do Tabuleiro, é conhecida por suas paisagens naturais e sua floresta tropical, onde as chuvas frequentes podem dificultar a visibilidade. O rio Do Ponche, onde a caminhonete do argentino foi encontrada, possui correntes fortes que atravessam áreas de difícil acesso e conta com várias cachoeiras.

Cachoeira do SonyReprodução Google Maps

A família segue em contato com as autoridades brasileiras, o Consulado Argentino e a Interpol, na tentativa de localizar Federico.

Ao ver que sua documentação indicava residência em Vicente López, um policial entrou em contato com um conhecido da região, que fez uma publicação em um grupo do Facebook pedindo informações sobre sua família. Ontem, a postagem chegou aos parentes de Federico, que imediatamente entraram em contato com as autoridades brasileiras pela primeira vez e registraram o desaparecimento no Consulado Argentino no Brasil e na Interpol.

Paralelamente à busca oficial, familiares e amigos de Bruni iniciaram uma campanha nas redes sociais para divulgar seu desaparecimento e solicitar informações. Através de publicações no Instagram, pedem que qualquer pessoa que esteve na região nos últimos dias entre em contato com eles ou com as autoridades brasileiras. “Qualquer informação, por favor, nos ajuda”, destacaram.

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