Em reunião com Haddad, senadores defendem corte de gastos e de benefícios fiscais

Renan Calheiros propôs cumprir PEC que mandou reduzir subsídios a um teto de 2% do PIB. Propostas agradaram ao ministro, que também defende medidas desse tipo. Em reunião com o ministro Fernando Haddad nesta segunda-feira (11) para tratar das prioridades da agenda econômica do país, senadores defenderam que o governo adote novas medidas para fortalecer o arcabouço fiscal.
O que inclui, segundo os parlamentares, cortar mais gastos e reduzir subsídios fiscais.
Lula já disse que, “se depender dele”, o governo não adotará novas medidas fiscais neste ano. A nova cúpula do Congresso, no entanto, tem dito que não há mais espaço para ajustar as contas públicas pelo aumento de arrecadação.
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) propôs a adoção de medidas fiscais para fortalecer o arcabouço fiscal. Já o senador Renan Calheiros (MDB-AL) propôs que, antes de debater corte de despesas, o governo precisa cortar subsídios.
“Há uma PEC, a 109, aprovada em 2021, que mandava reduzir os subsídios de 4% para 2% do PIB. Hoje, eles estão em 6% do PIB. É uma determinação constitucional que precisamos cumprir”, propôs Renan Calheiros ao ministro Fernando Haddad.
Haddad gostou do debate e, segundo a equipe do Ministério da Fazenda, espera que essas medidas se concretizem. Ambas, afinal, estavam na agenda da equipe econômica nos dois primeiros anos do mandato do presidente Lula.
Renan Calheiros lembrou que, hoje, os gastos tributários estão em R$ 646 bilhões.
Futuro presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o senador alagoano disse que vai colocar a redução dos subsídios na pauta da comissão que irá presidir.
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