Polícia confirma morte de suspeita em caso do bolo envenenado

Deise dos Anjos estava presa temporariamente por suspeita de envenenar com arsênio o bolo que matou membros da família do maridoReprodução

Deise Moura dos Anjos, presa por envenenar três pessoas com um bolo contaminado com arsênio durante uma confraternização familiar em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, tentou tirar a própria vida dentro de sua cela na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Ela chegou a ser socorrida com vida, mas não resistiu.

A Delegada Karoline Calegari, responsável pelo caso, confirmou ao Portal iG que agentes penitenciários encontraram Deise enforcada com uma camiseta durante a conferência matinal das detentas. Ao perceberem que ela ainda apresentava sinais vitais, os servidores removeram o tecido e iniciaram os primeiros socorros. Uma enfermeira da unidade ajudou no atendimento, e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado. No entanto, a morte foi confirmada pouco depois.

As circunstâncias da morte estão sendo investigadas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), mas a principal suspeita é de suicídio. Informações preliminares indicam que, no dia anterior, Deise teria entregue sua aliança após o marido pedir a separação.

Diego Silva dos Anjos e Deise Moura dos AnjosReprodução/redes sociais

Relembre o caso

O crime cometido por Deise chocou o estado em dezembro de 2024. No dia 24 daquele mês, durante uma celebração de Natal em Torres, sete pessoas ingeriram um bolo que havia sido preparado por ela em Arroio do Sal e levado até o local da reunião. Pouco tempo após o consumo, as vítimas começaram a passar mal.

Três pessoas morreram: Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos; Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43 anos; e Neuza Tatiana Denize Silva dos Anjos. Outras três precisaram ser hospitalizadas, incluindo a própria Deise, que também comeu o bolo. Apenas uma pessoa, que não ingeriu o doce, saiu ilesa.

As investigações apontaram que o bolo continha arsênio, uma substância altamente tóxica. A motivação do crime teria sido um desentendimento familiar que começou há cerca de 20 anos. “A motivação pelo crime, pelo que estamos apurando, continua sendo por motivo fútil e em virtude das divergências pequenas ali apontadas, apresentadas e comprovadas”, afirmou o delegado responsável pelo caso à época.

Além das mortes provocadas pelo envenenamento, Deise também era investigada pelo assassinato do sogro, ocorrido em setembro de 2024.

Bookmark the permalink.