Cliente acusado de quebrar braço e agredir atendente após pedido para usar máscara contra Covid é condenado a 7 anos de prisão


Júri que ocorreu terça-feira (18), em Santa Adélia (SP), durou cerca de 15 horas. Cabe recurso da decisão. Márcio Roberto Rodrigues foi condenado por tentativa de homicídio com duas qualificadoras. Vídeo mostra confusão que terminou com funcionária agredida em Palmares Paulista
O ajudante de motorista acusado de quebrar o braço e agredir uma atendente após ela pedir para que ele usasse corretamente a máscara de proteção contra a Covid-19 foi condenado a sete anos de prisão em regime semiaberto. O júri popular, que ocorreu na terça-feira (18), em Santa Adélia (SP), durou cerca de 15 horas.
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Conforme apurado pelo g1, Márcio Roberto Rodrigues foi condenado por tentativa de homicídio, qualificado com motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, em conformidade com a denúncia no Ministério Público. Ele respondeu ao processo em liberdade. Cabe recurso da decisão.
A reportagem questionou a defesa de Márcio sobre o júri popular, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Funcionária de padaria foi agredida ao pedir para cliente usar máscara em Palmares Paulista (SP)
Fernando Daguano/TV TEM
O crime ocorreu no dia 11 de junho de 2021, em uma padaria no bairro Jardim União, em Palmares Paulista (SP). Uma câmera de segurança flagrou o momento em que Adriana da Silva alerta Márcio com relação ao uso da máscara, que estava na altura do queixo dele (assista acima).
Dentro da padaria, um cartaz avisava: a máscara é obrigatória, em cumprimento à lei estadual, publicada em 2020.
Irritado, ele invadiu a área atrás do balcão, onde estava a funcionária. Adriana, então, saiu correndo, mas foi perseguida e agredida com uma rasteira e um chute em um dos braços.
Placa colocada em padaria de Palmares Paulista (SP) enfatizava obrigatoriedade de máscara
Reprodução/TV TEM
Em seguida, Adriana foi acolhida por uma moradora, colocada para dentro de uma casa e levada ao pronto-socorro de Catanduva (SP), cidade a 20 minutos de distância de Palmares Paulista. Com hematomas e uma fratura, ela precisou passar por cirurgia e colocou uma placa de titânio.
“Eu vi a morte. Lembrava da minha mãe, dos meus filhos, não acreditava que iria sobreviver. Tinha muita gente olhando, mas ninguém fazia nada. Olhei o sangue e pensei que morreria”, desabafou a atendente, em entrevista ao g1 em 2021.
Márcio Roberto Rodrigues é acusado de agredir funcionária de padaria em Palmares Paulista (SP)
Reprodução/TV TEM
Márcio Roberto foi preso em 17 de junho, seis dias depois do crime, em Meridiano (SP). Ele teve a prisão preventiva decretada e permaneceu preso por quatro meses, mas depois foi solto.
À época, foi concedida a liberdade do acusado mediante condições como a de ser levado para uma clínica de reabilitação, onde ele fez tratamento em tempo integral.
Suspeito de agredir atendente de padaria em Palmares Paulista (SP) foi encontrado em Meridiano (SP)
Reprodução/TV TEM
Durante depoimento à polícia, inicialmente o acusado negou o crime, dizendo que Adriana escorregou e caiu sozinha, apesar de pelo menos 12 testemunhas terem presenciado as agressões.
Além disso, ele confessou que havia bebido pinga no dia e comentou que se estressou após Adriana o chamar de “vagabundo”.
Vítima agredida em Palmares Paulista segurando exame de raio-X que mostra fratura em braço
Reprodução/TV TEM
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