Polícia Civil investiga morte de mulher após aborto em Chapecó

A morte de uma mulher de 35 anos está sendo investigada pela Polícia Civil, em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. Mãe de quatro filhos, ela morreu após complicações decorrentes de um aborto, conforme revelou a polícia.

A mulher estava grávida de 12 semanas e fez um aborto induzido – Foto: Pixabay/ND

Segundo o delegado regional de Polícia Civil, Rodrigo Moura, a morte aconteceu em setembro de 2024, mas a investigação iniciou quando o marido da mulher encontrou uma carta escrita por ela.

No texto, ela revelava a gestação, sugerindo o contexto da morte. Diante da descoberta, o marido comunicou a polícia, que passou a apurar os fatos.

Investigação aponta envolvimento de familiares em aborto

Conforme as investigações, a mulher estava com aproximadamente 12 semanas de gestação e não informou o marido sobre a gravidez. Para realizar o aborto induzido, contou com o auxílio de pelo menos três familiares e amigos próximos, além de uma mulher que teria fornecido um medicamento abortivo importado ilegalmente.

Conforme o delegado, os elementos de prova levantados indicam o uso de misoprostol, princípio ativo do remédio Cytotec, que provoca contrações uterinas e dilatação do colo do útero, podendo levar a sérias complicações.

Após realizar o procedimento, a vítima enfrentou graves problemas de saúde e buscou atendimento médico. No entanto, seu estado já era crítico, e ela acabou morrendo no hospital devido a uma infecção generalizada.

Mandados de busca e apreensão

Na última semana, a Polícia Civil realizou uma operação em Chapecó para cumprir mandados de busca e apreensão em ao menos cinco endereços de pessoas suspeitas de envolvimento no caso.

Agora, a Polícia Civil analisa os materiais apreendidos e seguem com diligências para esclarecer todos os detalhes da morte da mulher.

Os suspeitos são investigados pelo crime de aborto com o consentimento da gestante, cuja pena pode chegar a quatro anos de reclusão. No entanto, como o caso resultou na morte da vítima, a pena pode ser triplicada.

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