Empresária filmada nua por drone chora após ser atacada na web: ‘Só quero ir embora’; VÍDEO


Brasileira vive na Itália há 11 anos e passa as férias com a família no litoral de São Paulo. A empresária relatou que o drone permaneceu por vários minutos diante da janela enquanto ela estava sem roupas. Empresária que alega ter sido filmada nua por drone recebe ofensas nas redes sociais
Redes Sociais
A empresária, de 35 anos, que alega ter sido filmada nua dentro de um apartamento em São Vicente, no litoral de São Paulo, desabafou após sofrer ataques nas redes sociais. Ao g1, Milena Augusta relatou que a repercussão do caso gerou uma reação negativa em alguns internautas, que duvidaram da palavra dela. “Não estou sabendo lidar com todo esse povo me xingando e atacando”.
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O apartamento da empresária em São Vicente, onde o caso ocorreu, fica no 2º andar de um prédio no bairro Boa Vista. Ela registrou um boletim de ocorrência pela internet e prestou depoimento à Polícia Civil sobre o caso.
Milena afirmou que é casada com um italiano, com quem administra uma cafeteria, e vive em Palermo, no sul do país europeu, há 11 anos. Ela tem o costume de viajar para o Brasil e passar as festas de fim de ano com a família. As férias de 2025, porém, viraram um pesadelo para ela.
“Não estou bem. Não tenho vontade de ir à praia, não quero pular Carnaval, só quero ir embora para a minha casa. Pegar o avião e ir para a Itália, fugir um pouco de tudo isso”, desabafou. “Graças a Deus as minhas férias estão acabando e vou voltar para a minha casa, que é a melhor coisa que faço. Não estou sabendo lidar com todo esse povo me xingando e atacando. Estou cansada”.
Drone invade privacidade e filma mulher nua no litoral de SP
Críticas na web
“Vai ver ficava numa [nua] de propósito! É só o que tem de mulher que fica nua na janela de propósito para a macharada ver”, disse um internauta.
“Combinado com o cara que controle [controla] o drone, ela deve tá querendo vender conteúdo”, afirmou outro.
“Para que ficar pelada? Fala sério… Quer aparecer e dizer que mora na praia”, escreveu outra.
Volta para casa
Milena relatou que mora na Europa e se sentiu desrespeitada com a situação durante as férias no Brasil. “Mês que vem volto pra Itália e a sensação é horrível. Estou com medo de que postem alguma foto ou vídeo meu”.
“Me sinto totalmente invadida, não esperava passar por isso, venho ao Brasil pra curtir minha família, passar as festas com eles. Fico longe o ano todo e, quando venho, me acontece isso. Estou me sentindo totalmente desrespeita e invadida, nunca ouvi falar de um caso como esse na Itália”, disse.
Drone filmado de dentro do apartamento em São Vicente (à esq.) e Milena Augusta na Itália (à dir.)
Reprodução e Arquivo Pessoal
Segundo a empresária, a volta para a Itália está marcada para o próximo mês. Apesar disso, ela levará a sensação de insegurança na bagagem.
“É horrível, estou com medo de postem alguma foto ou vídeo meu”, desabafou.
Vigiada com frequência
Milena Augusta, de 35 anos, disse ter sido espionada por um drone pela segunda vez em menos de um mês em São Vicente (SP)
Reprodução e Arquivo pessoal
Milena revelou que essa não foi a primeira vez que ela foi vítima de espionagem com drone. No final de janeiro, segundo a empresária, um drone já havia sido avistado em sua janela, mas, naquela ocasião, a aeronave permaneceu por menos tempo pairando no ar
A empresária ressaltou que não se sente mais confortável dentro da própria casa, e que tem receio de manter as janelas abertas.
O que diz a prefeitura?
Em nota, a Prefeitura de São Vicente lamentou o ocorrido no dia 12 de fevereiro e afirmou que a regulamentação do uso de drones é de competência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
No entanto, a administração municipal prometeu estudar possíveis medidas para evitar situações semelhantes. Além disso, reforçou a importância de registrar um boletim de ocorrência (BO) junto às autoridades policiais.
Regras
Drone
Prefeitura de Boituva/Reprodução
Segundo o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial (RBAC-E) da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os drones são classificados como “aeromodelos” quando de uso recreativo, ou RPAS, da sigla em inglês para Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada, para uso não recreativo.
Os voos estão limitados a uma altura de 400 pés [cerca de 120 metros], pois, acima desse nível de voo, operam aeronaves tripuladas. Além disso, um drone operado acima dessa altura põe em risco o espaço aéreo utilizado por aeronaves tripuladas.
Os drones não podem operar em uma distância menor do que 30 metros horizontalmente de pessoas não envolvidas com a operação ou não anuentes com ela.
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos
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