Prefeitura de Florianópolis lança projeto para manejo de capivaras e proteção da saúde pública


Projeto CAPI – Capivaras na Ilha reúne instituições públicas e universidades para monitorar a presença de capivaras e reduzir riscos ambientais e sanitários Com o aumento do número de interações entre grupos de capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) e moradores de Florianópolis, a Prefeitura iniciou uma ação coordenada para garantir o equilíbrio ambiental e a segurança da população. O Projeto CAPI – Capivaras na Ilha, liderado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, busca definir estratégias de manejo responsável da espécie.
A iniciativa é coordenada pela servidora Priscilla Regina Tamioso e conta com um Grupo Técnico de Trabalho interinstitucional, que reúne especialistas e representantes de diversas instituições. O objetivo é discutir e implementar ações sustentadas por critérios científicos.
Pesquisa científica orienta decisões e amplia cooperação
Uma das frentes mais relevantes do projeto está nos estudos conduzidos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com apoio da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) e do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA/SC). A equipe está mapeando as áreas de circulação das capivaras, identificando zonas de risco de atropelamentos e possíveis focos de transmissão de doenças.
“As pesquisas realizadas na UFSC estão reunindo dados essenciais para nortear decisões sobre o monitoramento e o manejo ambiental de áreas com a presença de capivaras”, explica Priscilla Tamioso. Segundo ela, essas informações permitirão abordar de forma estruturada e científica a questão no município de Florianópolis.
Medidas práticas já estão em andamento nos espaços públicos
Enquanto os estudos avançam, medidas de manejo ambiental vêm sendo implementadas em áreas como o Jardim Botânico. Entre as ações estão a redução da altura da vegetação, que dificulta a proliferação de carrapatos, instalação de barreiras físicas, cercamentos e mudanças no substrato do solo.
Também está em planejamento a instalação de placas informativas e de sinalização em áreas de uso comum e Unidades de Conservação, para conscientizar a população e orientar condutas seguras.
Não há registros de mortes por febre maculosa em SC
De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, não há registros de óbitos por Febre Maculosa no estado. Todos os casos estão associados à forma branda da doença e evoluíram para cura. No município de Florianópolis, no ano de 2024 foi confirmado apenas 01 (um) caso autóctone de Febre Maculosa segundo dados do SINAN, não sendo possível comprovar a localização de infecção e a fonte de transmissão.
Tendo como referências estas informações e as orientações do Ofício Conjunto Circular nº 3/2019/SVS/MS, não há indicação atual de realização de manejo de capivaras devido ao risco à saúde pública no município de Florianópolis. Previamente a discussões sobre ações de manejo e/ou controle populacional, é fundamental a elaboração de estudos específicos que deverão ser autorizados pelo órgão ambiental competente (IBAMA). Tais estudos requerem, dentre outros, a ocorrência de casos humanos confirmados de Febre Maculosa, a comprovação da circulação de Rickettsia rickettsii e presença do carrapato Amblyomma sculptum e o censo populacional de capivaras.
Diante desse cenário, a Prefeitura tem mantido diálogo constante com instituições como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado de Santa Catarina (DIVE/SC) e da Secretaria do Meio Ambiente e da Economia Verde de Santa Catarina (SEMAE/SC) e outras, reforçando o caráter colaborativo e técnico do projeto.
O município, por meio da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) e em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), está promovendo ações de educação e conscientização ambiental com foco na convivência harmônica com a fauna silvestre. Entre os principais objetivos da iniciativa está o cuidado com as capivaras, comuns em áreas urbanas. A população pode contribuir com atitudes simples e responsáveis: manter uma distância mínima de 10 metros dos animais, não alimentá-los, não tocá-los, evitar assustá-los e impedir o contato de animais domésticos com os silvestres. Essas práticas ajudam a prevenir conflitos e garantem a segurança de todos
Fique por dentro das ações realizadas na capital através do canal Florianópolis, uma cidade para todos no G1.
Conforme determina a Lei Municipal nº 10.199, de 27 de março de
2017, a Prefeitura Municipal de Florianópolis informa que a produção e veiculação desta matéria publicitária não teve custo, no G1.
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