Quem é o ‘mafioso’ procurado por envolvimento na morte de jovem catarinense no Paraná

Na lista vermelha da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), Fernandes Nogueira Barros é suspeito de envolvimento no sequestro e morte de Camila Florindo D’Avila. Conhecido como “mafioso”, Fernandes também é procurado por um homicídio realizado em Curitiba, no Paraná.

'Mafioso' procurado por envolvimento na morte de Camila Florindo, jovem de SC, no PR

‘Mafioso’ procurado por envolvimento na morte de jovem de SC no PR – Foto: PCPR/Arquivo pessoal/ND

Quem é o ‘mafioso’ procurado por envolvimento na morte de Camila Florindo

Segundo a Polícia Civil do Paraná, Fernandes, 36, é conhecido como “Nando”, “Nd”, ou “mafioso”. Ele é apontado como integrante de uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas, compra e venda de veículos roubados e contratação de pistoleiros para realização de homicídios.

Fernandes é considerado foragido da Justiça e é procurado pelas autoridades catarinenses e do estado vizinho. Além disso, foi incluído na lista vermelha da Interpol e passou a ser procurado em 190 países.

Envolvimento em morte de professor no PR

A investigação ainda revelou que o foragido é investigado pela morte do professor Fábio Amaral Calegari, assassinado no dia 15 de março de 2024, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba. Fernandes seria um dos responsáveis pela contratação de dois assassinos de aluguel para seguir e matar a vítima.

Como aconteceu crime em Curitiba

O crime aconteceu enquanto Fábio aguardava no semáforo dentro de seu carro. Dois homens em uma moto se aproximaram e efetuaram diversos disparos. Ferido, o professor tentou fugir, mas acabou colidindo contra o muro de uma creche.

Conforme reportagem do portal RIC Mais, o assassinato do professor pode ter ligação com um processo trabalhista. Fábio havia movido uma ação contra uma empresa de Curitiba, exigindo verbas superiores a R$ 300 mil.

A polícia acredita que, além da disputa judicial, o professor teria conhecimento de irregularidades financeiras na empresa, o que pode ter motivado o crime.

Envolvimento na morte de Camila Florindo

Ao todo, seis homens são suspeitos de sequestrarem a jovem que morava em Araquari, no Norte catarinense. De acordo com a investigação, Fernandes teria encomendado a morte do marido de Camila, que exerce uma função de liderança na facção PGC (Primeiro Grupo Catarinense) da região.

Como aconteceu sequestro e morte de Camila

O objetivo do grupo era matar o marido da jovem, mas com a fuga do alvo eles pegaram drogas, dinheiro e obrigaram Camila a entrar em um dos veículos clonados usados no crime, em 8 de outubro de 2024.

Na sequência, a vítima foi jogada em um cativeiro ainda em Araquari por cerca de uma hora e meia, depois foi levada ao Paraná. De acordo com a polícia, os criminosos se desentenderam na Região Metropolitana de Curitiba, e não houve um consenso sobre o que fazer com Camila. A briga terminou com um deles morto a tiros.

O grupo seguiu viagem e escolheu a zona rural de Ibaiti para se livrar da jovem. Os criminosos pensaram em liberar a garota, mas mudaram de ideia. Eles mataram Camila a tiros e enterraram seu corpo em uma região de mata fechada. A polícia acredita que o crime ocorreu entre 9 e 10 de outubro.

Depois de três meses, o corpo da jovem foi encontrado na última terça-feira (14), em Ibaiti, cidade no interior do Paraná, a 457 km de Araquari.

Local onde o corpo de Camila foi encontrado  - Polícia Civil/Divulgação/ND

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Local onde o corpo de Camila foi encontrado – Polícia Civil/Divulgação/ND

Corpo foi encontrado no último dia 14 - Polícia Civil/Divulgação/ND

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Corpo foi encontrado no último dia 14 – Polícia Civil/Divulgação/ND

Ossada foi encontrada com ajuda de cão da Polícia Civil - Polícia Civil/Divulgação/ND

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Ossada foi encontrada com ajuda de cão da Polícia Civil – Polícia Civil/Divulgação/ND

Investigação

Cinco pessoas já foram presas até o momento. As prisões ocorreram em dezembro, em São Francisco do Sul, Curitiba e Foz do Iguaçu. Segundo a polícia civil, a maioria dos suspeitos tinha passagens policiais e era do Paraná. A investigação também aponta que os foragidos podem estar escondidos no Paraguai.

“Eles têm residência na cidade de Foz do Iguaçu, cidade fronteiriça, e alguns elementos apontaram que eles migram para o Paraguai com frequência. Então, eles ficam entre Foz do Iguaçu e o Paraguai, por isso precisamos comunicar a Interpol”, explicou o delegado José Gattaz Neto, do DIC (Departamento de Investigações Criminais) de Joinville.

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