Polícia fecha fábrica clandestina que produzia 150 mil maços de cigarro por dia em Agudo; 9 pessoas foram presas


Esquema renderia até R$ 300 mil por dia a criminosos. Espaço foi montado dentro da propriedade de uma arrozeira, que era usada como fachada para o negócio ilegal. Polícia descobre e fecha fábrica clandestina de cigarros em Agudo
Ronaldo Bernardi/Agência RBS
A Polícia Civil descobriu e fechou uma fábrica clandestina de cigarros que produzia até 150 mil maços por dia dentro de uma propriedade rural em Agudo, município da Região Central do Rio Grande do Sul. Uma arrozeira era usada como fachada para o esquema criminoso (saiba mais abaixo). Até o começo da manhã desta quarta-feira (22), 9 pessoas foram presas.
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De acordo com a Polícia Civil, do total de presos, sete são paraguaios. A investigação indica que eles eram submetidos, no local, a trabalho análogo ao de escravidão – situação que ainda deve ser esclarecida.
O oitavo preso seria o dono da propriedade rural. Questionado pela polícia sobre o espaço e a respeito de como os paraguaios foram levados até lá, ele permaneceu em silêncio. Além disso, os policiais encontraram com ele uma arma de fogo – ele não tem permissão para uso do armamento e deve responder por porte ilegal.
O g1 ainda não obteve informações a respeito do nono preso. Todos os presos devem responder por organização criminosa e fabricar e vender produto impróprio para consumo.
Arrozeira como fachada para o esquema
Segundo a Polícia Civil, após três meses de investigação, foi descoberto que a propriedade rural, que oficialmente opera como uma beneficiadora de arroz, era usada como fachada para a produção dos cigarros – um esquema que rendia até R$ 300 mil para criminosos.
Os cigarros são das marcas paraguaias 51 e Egipt. Eles eram produzidos para venda no Brasil.
O caso começou a ser investigado após denúncias. Ao monitorar a arrozeira, a polícia percebeu que veículos que chegaram à propriedade estavam em nomes de pessoas suspeitas de ter envolvimento com contrabando e tráfico de drogas.
A propriedade rural teria sido escolhida pelos criminosos também pela localização estratégica, de acordo com a polícia: fica distante cerca de 10 quilômetros da RS-287, rodovia estadual que liga Santa Maria a Porto Alegre, e é próxima ao Rio Jacuí, por onde a mercadoria ilegal pode ser levada até a capital por meio de barcos.
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