Lula demorou, mas acertou na escolha do embaixador André Corrêa do Lago, um técnico para comandar a COP 30


Autoridades brasileiras avaliam que decisão de Trump de retirar EUA do Acordo de Paris vai impactar a COP 30, em Belém
Jornal Nacional/ Reprodução
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demorou, mas acertou na escolha do embaixador André Corrêa do Lago, um técnico, para presidente a COP-30 em Belém, no Pará, no fim do ano.
O diplomata, que tem ocupado a função de negociador-chefe do Brasil em cúpulas do clima, terá a missão de evitar o esvaziamento da COP-30 com a saída dos Estados Unidos do acordo de Paris.
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O embaixador já deu sinalizações de como pode atuar, como conversar com grandes empresas norte-americanas envolvidas em políticas de energia limpa e negociar com Estados americanos democratas comprometidos com a agenda ambiental para reduzir o aquecimento global.
Além disso, ele sabe que outros países, como China e os da Europa, devem buscar ocupar o espaço deixado pelos Estados Unidos na liderança da agenda ambiental, tentando isolar o presidente Donald Trump.
A avaliação do governo Lula é que, mesmo sem os Estados Unidos, a COP-30 tem condições de se transformar na mais importante cúpula do clima dos últimos anos, principalmente diante do momento de eventos climáticos extremos ao redor do planeta, inclusive em regiões norte-americanas.
A ordem dentro do governo Lula é ter sangue frio e evitar ficar reagindo a ameaças de Trump. O estilo do novo presidente dos Estados Unidos é o de tentar intimidar seus parceiros para obter concessões.
Por isso, principalmente no campo comercial, o pragmatismo diplomático vai prevalecer, diante da avaliação de que, depois dos gritos públicos de Trump, haverá a etapa decisiva das conversas de bastidores
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