Haddad acredita em queda no preço de alimentos

Os alimentos foram os principais responsáveis pelo aumento da inflaçãoReprodução

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), manifestou a previsão de uma queda nos preços de alimentos, atribuindo essa possível redução a dois fatores principais: a trajetória de queda do dólar ea expectativa de uma safra recorde para este ano.

Segundo ele, ao conversar com jornalistas em Brasília, essas condições favorecem a diminuição dos custos dos produtos alimentícios, o que pode beneficiar consumidores e ajudar a controlar a inflação.

Em paralelo, o governo federal está estudando mudanças nas regras do Vale-Alimentação e do Vale-Refeição com o objetivo de aumentar a concorrência no setor e, assim, reduzir os preços dos alimentos.

Haddad destacou que, muitas vezes, o trabalhador acaba perdendo devido à intermediação nos serviços de alimentação, especialmente em razão das altas taxas cobradas.

Ele mencionou também a questão da portabilidade, que, embora prevista em lei, ainda não funciona adequadamente devido à falta de regulamentação por parte do Banco Central.

“Muitas vezes o trabalhador perde na intermediação, em função do fato de que as taxas cobradas são muito elevadas. E tem uma questão de portabilidade que precisa ir à frente, ela está prevista em lei, mas a portabilidade não está funcionando adequadamente por falta de regulamentação por parte do Banco Central”, explicou o ministro.

A inflação, que ultrapassou o teto da meta de 2024, alcançando 4,83%, tem gerado preocupação no governo, especialmente em relação ao impacto nos preços dos alimentos.

Os alimentos foram os principais responsáveis pelo aumento da inflação, com destaque para o café, que registrou uma alta de quase 40%.

Em resposta a essa pressão, a Casa Civil realizou uma reunião para discutir estratégias que possam ajudar a reduzir os preços dos alimentos nos supermercados.

Apesar das discussões, Haddad descartou a possibilidade de medidas tributárias para diminuir os preços dos alimentos. “Ninguém está pensando em utilizar espaço fiscal para esse tipo de coisa”, declarou o ministro.

Ele afirmou que a principal linha de ação do governo será melhorar a qualidade do programa de alimentação do trabalhador, o que poderia resultar em uma redução de preços entre 1,5% e 3%.

Safra

Outro fator que pode contribuir para a redução dos preços é a safra recorde esperada para este ano, além da queda do dólar, que pode afetar positivamente os preços de produtos como leite, café, carne e frutas.

Em relação à portabilidade do auxílio-alimentação, o Congresso aprovou uma lei que permite aos trabalhadores solicitar o serviço de forma gratuita, e também proíbe a concessão de descontos na contratação de empresas fornecedoras desse benefício. A regulamentação dessa lei ainda está em processo.

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