Executive Fight Bushidô deixa legado em Florianópolis

No dia a dia, empresários enfrentam riscos, concorrentes mais fortes e melhor preparados, precisam agir rapidamente e não desistir, mesmo quando o desafio parece impossível. No sábado (25), alguns deles se uniram para enfrentar obstáculos semelhantes, mas dentro de um ringue, no Executive Fight Bushidô.

Executive Fight Bushidô movimentou Florianópolis – Foto: Samela Castro

Em lutas de kickboxing, no CentroSul, em Florianópolis, experimentaram os valores do bushidô, que posteriormente serão bem-vindos no mundo corportativo, como coragem, respeito, compaixão, humildade e viver com dignidade. Foram seis lutas, sendo a abertura com atletas mirins. Além dos confrontos, puderam fazer networking, num coquetel oferecido depois, num espaço vip do CentroSul.

Um dos lutadores, o empresário Flavio Pansera de Chaves, 49 anos, resolveu lutar porque, de vez em quando, é preciso assumir risco. Natural de Lages, está na Capital desde 1995 e é sócio-proprietário da Rizzatti Móveis, nos Ingleses, Norte da Ilha.

“No calor da emoção, aceitei. Treinei três dias e deu certo. Depois que sobe no ringue, muda tudo. A sensação é única. Emoção, adrenalina, respiração ofegante. Subi com vontade e uma certa experiência porque treinei muay thai e jiu-jitsu há dez anos”, disse o empresário, vencedor de uma das lutas por nocaute técnico.

Flavio comentou sobre o sentimento de participar do evento – Foto: Samela Castro

Para Flávio, as principais relações do mundo empresarial e das artes marciais são: enfrentar obstáculos, se superar, ir atrás do inesperado e transformar um sonho em realidade. Depois de lutar e vencer, o empresário participou do networking.

“Quero fazer novas parcerias, encontrar novos parceiros para investimentos e troca de conhecimento. Toda experiência é válida. Ninguém tira de você o conhecimento”, afirmou Flávio.

Revanche no Bushidô

Allan Marcos da Silva, 37 anos, é natural de Blumenau, mas mora em Florianópolis há mais de uma década. Ele é CEO da Legacy Educação Corporativa, que ajuda outras empresas a organizar a própria gestão administrativa e financeira. Allan ajudava a viabilizar o evento, quando recebeu o convite para lutar.

“É meio que um recado para os empresários, porque normalmente colocam a empresa acima de tudo, não cuidam da própria saúde. Um CPF fraco vai ter um CNPJ fraco, então, é cuidar mais da saúde, da mente, do corpo”, frisou.

O empresário perdeu a luta sábado e agora quer revanche: “Luta é uma batalha saudável, não algo com raiva, ódio. Me superei no primeiro round, estava morto de cansaço, nunca tinha colocado um protetor bucal, não conseguia respirar, a máscara atrapalhando e ainda tinha mais um round, mas fui para cima, dei o máximo para não desapontar quem acompanhou a luta”, ressaltou Allan.

Networking Brasil-Japão

O Bushidô foi idealizado, no Japão, pelo kickboxer Takayuki Kohiruimaki, com o propósito de unir luta e negócios. Os responsáveis por trazer o evento para o Brasil são Shihan Neto, Eduardo Lopes e Sandro Santos. Shihan articulou no Japão, Eduardo na figura de sensei brasileiro e Sandro Santos como investidor e patrocinador âncora.

“O Kohi, com tudo que ganhou nas lutas, investiu em empresas, teve sucesso no Japão e agora dá consultoria para grandes empresários. Como venceu nos negocios, vários empresários começaram a contratá-lo para ensinar o que aplicou das artes marciais nas empresas”, destacou Cristiane Moreira, que ajudou a organizar o evento no Brasil.

Ela conta que a primeira edição foi bastante desafiadora, porque janeiro é um período em que a maioria dos empresários está de férias, viajando ou envolvido com a alta temporada.

“Diante de tudo isso, conseguimos trazer 100 pessoas para o evento e eu realmente tenho certeza que foi o primeiro passo para termos, no próximo, 300 pessoas participando. Conseguimos trazer e mostrar para o empresário o quão importante é linkar a luta com o negócio. Eles saem daqui transformados”, completou Cristiane.

Cristiane destaca ainda que a presença de Kohiruimaki no evento brasileiro foi muito importante.

“Também foi um desafio para Kohi, mas ele abrlhantou muito e está encantado com o empresário brasileiro”, declarou Cristiane.

Após os confrontos, os empresários foram para um espaço vip, a fim de conversar e fechar negócios num coquetel de networking. Além disso, na quarta-feira (29), haverá um café com os mesmos empresários, para mais intercâmbio entre empresas brasileiras e japonesas.

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