Operação Venefica: biomédico é suspeito de atuar após proibição judicial e vira alvo do MPSC

Um biomédico foi alvo de uma ação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), na tarde desta segunda-feira (27), suspeito de atuar sem permissão judicial em Joinville. Ele é alvo da Operação Venefica, que investiga profissionais por receitar e vender, sem respaldo técnico, medicamentos manipulados que podem gerar riscos à saúde – além de superfaturar em cima dos produtos.

Ação da Operação Venefica

Operação Venefica: biomédico é suspeito de atuar após proibição judicial e vira alvo do MPSC – Foto: Divulgação/MPSC/ND

De acordo com o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), o biomédico teria voltado a exercer a profissão e a atender pacientes de forma clandestina, em sua própria casa. Ele ainda teria ajuda de terceiros para realizar os atendimentos.

Além dele, o Gaeco ainda cumpre outros dois mandados de busca e apreensão em Joinville, no Norte catarinense. As ordens judiciais foram expedidas pela Vara Regional de Garantias da Comarca de Joinville.

Relembre a Operação Venefica

Duas pessoas já foram condenadas por integrar uma organização criminosa que atuava em clínicas de emagrecimento em Santa Catarina. Dentro do esquema, profissionais da saúde receitavam, sem respaldo técnico, medicamentos manipulados.

A operação do MPSC fechou cinco clínicas em 2023, além de identificar farmácias que participavam do esquema, liderado pelo coach Felipe Francisco. Os estabelecimentos ficavam em Joinville, Balneário Camboriú e Itapema.

Médico e farmacêutica condenados em SC

Condenados no âmbito da Operação Venefica, o médico Julian Rodrigues Martins e a farmacêutica Marjorie Basilio devem cumprir, juntos, mais de 53 anos de prisão em regime fechado.

Durante a investigação, o MPSC apurou que Julian e Marjorie atuavam em conjunto para formular protocolos medicamentosos em estratégia similar ao do coach, dono da F. Coaching, a maior clínica investigada por fazer parte do esquema.

Os profissionais envolvidos na organização criminosa receitavam e produziam compostos medicamentosos voltados para o emagrecimento, ganho de massa magra, aumento de músculos, performance física, entre outros. Parte relevante das fórmulas continha substâncias de venda proibida sem receita.

Com a apreensão de mais de 150 aparelhos eletrônicos, o MPSC conseguiu provar a existência da organização criminosa e como os profissionais se conectavam. Julian e Marjorie, por exemplo, apesar de atuarem em cidades diferentes trabalhavam em conjunto para superfaturar na venda de medicamentos.

A pena do médico chega a 38 anos, um mês e 15 dias de reclusão, em regime fechado, além de mais seis anos em regime semiaberto por burla ao consumidor. Já a pena da farmacêutica chega a 15 anos, seis meses e 20 dias. Além de seis anos, sete meses e 10 dias de detenção em regime semiaberto também por burla ao paciente.

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