Libertação de mais um grupo de reféns tem momentos de emoção em Israel e tumulto na Faixa de Gaza

Como parte do acordo, Israel soltou 110 prisioneiros palestinos. 32 eram condenados a prisão perpétua. São 482 dias, desde o início do conflito. Libertação de reféns tem tumulto na Faixa de Gaza
A libertação de mais um grupo de reféns teve momentos de emoção em Israel – e tumulto na Faixa de Gaza.
A primeira refém libertada nesta quinta-feira (30) estava em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza. A militar Agam Berger, de 20 anos, tinha sido sequestrada em uma base bem perto da fronteira.
Os terroristas carregavam armas e câmeras. Levaram a jovem até um palco – onde exibiam aos palestinos uma suposta narrativa de vitória. E mandaram a militar acenar. Só depois entregaram para equipe da Cruz Vermelha, que a transportou até Israel.
As amigas de Agam Berger, libertadas semana passada, esperavam. E no colo da mãe, a militar chorou – depois de quase um ano e quatro meses em cativeiro.
A Jihad Islâmica – que é outro grupo terrorista da Faixa de Gaza – divulgou um vídeo dos outros dois reféns israelenses – que estavam no sul do território, em Khan Younis. Arbel Yehoud e Gadi Moses são vizinhos. Os dois foram sequestrados no kibutz Nir Oz, nos ataques terroristas do dia 7 de outubro de 2023.
Gadi Mozes é agricultor e tem 80 anos. No dia do sequestro, ele recebia a visita da enteada e das netas. Todas foram levadas pelos terroristas – e libertadas no acordo de novembro de 2023. Arbel Yehoud tem 29 anos. Pelo acordo, ela deveria ter sido solta na semana passada – antes das militares.
Nas imagens é possível ver um tumulto no momento da libertação dela e dos outros reféns. A confusão fez com que Israel suspendesse – por algumas horas – a libertação dos prisioneiros palestinos. O impasse foi resolvido pelos mediadores – que se comprometeram a garantir mais segurança aos reféns nas próximas rodadas.
Cinco agricultores tailandeses também foram libertados nesta quinta-feira (30). Eles trabalhavam em plantações no sul de Israel, quando foram surpreendidos pelos terroristas. Um vídeo mostra o momento em que a mãe de um deles descobre que o filho vai voltar para casa. “O nosso filho está vivo”, disse ela.
Como parte do acordo, Israel soltou 110 prisioneiros palestinos. 32 eram condenados a prisão perpétua. São 482 dias, desde o início do conflito.
E para aqueles que voltam para casa, a realidade não é a mesma. Arbel Yehoud perdeu o irmão. Já o companheiro e o cunhado dela permanecem em cativeiro. A companheira de vida do Gadi – a Efrat – morreu no dia do ataque. Na primeira declaração, ele prometeu trabalhar para reconstruir a comunidade.
No sábado está programada mais uma etapa de libertação. E nesta quinta-feira, um dos principais negociadores de Israel disse que já se prepara para segunda fase do cessar-fogo – quando todos os reféns – que continuam vivos – devem ser libertados. Mas os detalhes só vão ser ajustados no mês que vem com os mediadores.
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