Corpo de PM morto em operação no Rio é enterrado


Policial entrava na comunidade Furquim Mendes quando foi atingido na cabeça. Anos antes, ele sobreviveu a 7 tiros. PM Marcos José Oliveira de Amorim
Reprodução
O corpo do 1º tenente da Polícia Militar Marcos José Oliveira de Amorim, foi sepultado neste sábado (1º) no Cemitério Jardim da Saudade Sulacap, na Zona Oeste do Rio. O oficial de 33 anos morreu depois de ser atingido na cabeça em uma incursão na favela Furquim Mendes, na Zona Norte do Rio.
O tenente tinha 13 anos de Polícia Militar. Entrou na corporação com 20 anos, em 2011.
Amorim é o segundo policial militar morto em operação no Grande Rio em 2025. Em 2024 foram 10. Ao menos outros três policiais também morreram vítimas da violência, em outras situações: dois foram executados, em Mesquita e Duque de Caxias, e um sofreu um latrocínio, no Aterro do Flamengo.
Corpo de PM morto em serviço é enterrado no Rio
Policial tinha sobrevivido a 7 tiros anos antes
Há quase 10 anos, em 22 de fevereiro de 2015, o policial Amorim estava em uma padaria quando o local foi invadido para um roubo por assaltantes. O tenente foi reconhecido pelos bandidos dando início a uma troca de tiros. O tenente levou 7 tiros na ocasião.
Chegou a se tornar inapto para operações, mas se recuperou e fez concurso para se tornar oficial da corporação.
Passou em todas as disciplinas, mas foi reprovado pela Polícia Militar no teste de saúde. Recuperou-se e obteve a vaga ao entrar na Justiça e comprovar que estava em condições de exercer a carreira como oficial da corporação.
Na ocasião, a desembargadora Regina Lúcia Passos, relatora do processo, escreveu que o policial não podia ser impedido da progressão na carreira já que havia sido aprovado em todas as fases do concurso para oficial, mas reprovado no teste de saúde, apesar de já estar curado dos ferimentos ocasionados pelos sete disparos e de atuar em operações nas ruas.
A desembargadora escreveu:
“Ora, não é razoável que um curso oferecido pela própria Polícia Militar tenha previsão de reprovação de candidato no exame de saúde que apresente as lesões descritas no edital, e, pasmem, mesmo que esteja curado e não tenha sequelas que impeçam sua atividade profissional.”
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