Trump encontrará primeiro-ministro de Israel para falar de Gaza

Donald TrumpFlickr / Gage Skidmore

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, viajará para Washington D.C., capital dos Estados Unidos, para encontrar o presidente Donald Trump na terça-feira (4). Eles devem discutir questões entre Hamas e Israel.

O israelense será o primeiro líder de outro país a ter uma reunião formal com o presidente dos EUA desde a posse do mesmo. As informações são do escritório do primeiro-ministro. 

Israel e Palestina

Segundo o comunicado publicado pelo escritório israelense, Trump e Netanyahu discutirão “Gaza, os reféns, os desafios impostos por todos os elementos do eixo iraniano e outras questões-chave.”

A reunião foi confirmada algumas horas depois dos últimos reféns e prisioneiros palestinos serem libertos. O ato faz parte do acordo de cessar-fogo entre Hamas e Israel. No sábado (1), foram soltos dois prisioneiros israelenses e quase 200 palestinos. 

Sugestão de Trump

Donald Trump fez uma sugestão polêmica para “solucionar” o problema dos conflitos na Faixa de Gaza: enviar as centenas de milhares de palestinos que habitam na região para o Egito e Jordânia.

Os países árabes e africanos foram bastante contra a fala e se pronunciaram contra a ideia de Trump. Após uma reunião no Egito, assinaram uma declaração conjunta contra isso representantes do Egito, Jordânia, Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes, Autoridade Palestina e Liga Árabe.

O comunicado conjunto afirmou que uma transferência civil poderia ameaçar a estabilidade da região, além de espalhar conflitos e dificultar a paz. 

“Afirmamos nossa rejeição a (qualquer tentativa de) comprometer os direitos inalienáveis dos palestinos, seja por meio de atividades de assentamento, despejos ou anexação de terras, ou por meio da desocupação das terras de seus proprietários… de qualquer forma ou sob quaisquer circunstâncias, ou justificativas”, diz a declaração conjunta.

Vale acrescentar que a prática de transferir civis de países, bastante comum até a Segunda Guerra, é uma das mais repudiadas da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, como visto em:

  • Artigo 9° Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado. 
  • Artigo 12° Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais intromissões ou ataques toda a pessoa tem direito a proteção da lei. 
  • Artigo 13° 1.Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um Estado. 2.Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de regressar ao seu país. 
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