Cidades do Sul de Minas cancelam festas de Carnaval e alegam crise financeira


Administrações municipais de Guapé, Guaranésia e Três Corações dizem que irão direcionar recursos para saúde, educação e estradas. Prefeituras de três cidades do Sul de MG cancelam o carnaval por dificuldade financeira
Prefeituras de três cidades do Sul de Minas anunciaram que irão cancelar as atividades de Carnaval. As administrações municipais de Guapé, Guaranésia e Três Corações alegam dificuldades financeiras para a realização da festa e que irão direcionar recursos para saúde, educação e estradas. Veja abaixo as justificativas das prefeituras:
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Três Corações
Três Corações é a cidade do Sul de Minas com mais casos de dengue registrados
Reprodução EPTV
Em Três Corações, a prefeitura diz que tem uma dívida de R$ 60 milhões e por isso cancelou a festa que ocorreria na praça Odilon Rezende de Andrade.
“Responsabilidade. É uma decisão do prefeito Dimas [Abrahão (PSDB)] de não realizar o Carnaval, porque se nós realizássemos, mesmo que de forma singela, a gente comprometeria as recisões [dos funcionários que tiveram contratos finalizados em 2024], a compra de medicamentos e o pagamento de contrato com fornecedores”, afirmou a secretária municipal de Comunicação da Prefeitura de Três Corações, Iris Naves Mendes.
Ela disse ainda que a prefeitura preparando calendário cultural para o ano todo.
Guaranésia
Em Guaranésia, município que está em estado de emergência financeira desde novembro de 2024, o secretário de Cultura e Turismo, Antônio Cláudio de Melo, disse que a prefeitura tem outras prioridades.
“Não tem como gastar com Carnaval enquanto temos PSFs precisando de reparos urgentes, médicos atendendo paciente com balde do lado por causa de goteirias, pontes caídas, o poliesportivo interditado, estrada rurais em péssimas condições e praças no escuro”, afirmou.
De acordo com a prefeitura, foram gastos R$ 392,3 mil com a realização do Carnaval em 2024.
Guapé
Carnaval em Guapé (MG) (foto de arquivo)
Gilberto César de Oliveira
Em Guapé, o presidente da câmara que está interinamente no cargo de prefeito, Randerson Ribeiro (PSD), publicou carta justificando a decisão de cancelar a festa.
“Encontramos a prefeitura e o município em uma situação extremamente delicada. Nossa cidade enfrenta desafios críticos em áreas que afetam diretamente a qualidade de vida da população. Hoje, é nossa obrigação priorizar o que é essencial e inadiável: saúde, educação e infraestrutura das estradas rurais”, afirmava a nota.
O texto diz ainda que o município tem mais de 13 mil solicitações de exames e consultas e as e escolas e estradas rurais precisam de melhorias, mas não disse quais são as obras que serão feitas.
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