Mesmo com chuvas em 21 dias, Rio Branco fecha janeiro com volume abaixo da média histórica


Mês também fechou com a segunda menor média no nível do rio. Apesar disso, Defesa Civil da capital ressalta que o índice não descarta uma possível cheia. Rio Acre teve segunda menor média para o mês de janeiro
Quésia Melo/Rede Amazônica
Mesmo com chuvas em 21 dos 31 dias, a capital do Acre fechou o mês de janeiro com volume abaixo da média histórica. De acordo com a Defesa Civil de Rio Branco, foram 210 milímetros de chuva acumulados, o que equivale a 73% do esperado para o mês, que era de 287,5 milímetros.
📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp
Conforme o monitoramento diário feito pelo órgão, o dia com maior volume de chuvas registrado foi o penúltimo, quinta-feira (30), com 45,6 milímetros. Logo em seguida ficou o primeiro dia do ano, com 34,2 milímetros.
“Janeiro do ano passado, ano de 2024, choveu 240 [milímetros]. Então choveu um pouco mais [no ano passado], mas não foi tão mais assim, digamos. E mesmo assim, não diminuiu a quantidade de chuvas [em janeiro de 2025], em relação ao ano passado, que teve uma inundação, a segunda maior de todas” ressalta o coordenador do órgão, tenente coronel Cláudio Falcão.
LEIA MAIS:
Após iniciar o ano com vazão, Rio Acre sobe quase 3 metros em 24 horas na capital; confira oscilação
Após subir 1,5 metro em 24 horas, Rio Acre supera marca de 10 metros após 9 meses na capital
Com isso, a Defesa Civil ressalta que o índice não exclui uma possível cheia. Em anos anteriores e que não tiveram enchentes, o mês chegou a 600 milímetros, como no caso de 2017.
Os meses mais críticos para o nível do rio são fevereiro e março. Por isso, ainda de acordo com o coordenador, é preciso analisar a situação até os períodos mais avançados de inverno. Nos três primeiros dias de fevereiro, já foram acumulados 5,06 milímetros dos 300 aguardados para o período.
“Lembrar sempre que o que vai influenciar mesmo, em uma possível inundação ou não, é o que chove em fevereiro e março. São os períodos mais críticos de todo ano em relação a inundação. 63% das inundações acontecem nesses dois meses. Inclusive, em 2021 o transbordamento do Rio Acre foi no dia 10 de fevereiro. Em 2022, foi dia 17 de fevereiro. Em 2023 foi no dia 27 de março. E em 2024 foi no dia 23 de fevereiro. Então, quer dizer, nós ainda estamos chegando nessas datas. O que ocorreu no mês de janeiro não muda muito o cenário futuro, mesmo tendo chovido abaixo da média”, alerta.
Fevereiro e março serão determinantes no risco de inundações na capital acreana
Quésia Melo/Rede Amazônica
Nível do rio
Ainda conforme Falcão, o mês de janeiro teve a segunda menor média para o nível do Rio Acre, perdendo apenas para o ano de 2016. De acordo com a medição diária feita pela Defesa Civil, o manancial iniciou o mês com 8,06 metros e encerrou com 5,86 metros.
O dia com maior medição foi 11, com 8,23 metros, enquanto a menor marca foi registrada no dia 7, com 4 metros.
“O nível do rio foi o segundo menor nos últimos 11 anos. Só não foi menor para o ano de 2016. Mesmo ele sendo o segundo menor de todos os últimos 11, ele está muito parecido com 2024. Em 2024, a gente estava com média de 1 metro a 1 metro e meio a mais do que nós temos agora em 2025. E mesmo assim também acabou acontecendo uma inundação muito grande. Então, por enquanto, mesmo com essas modificações, não alteram em nada o planejamento da Defesa Civil, por exemplo, para atender a uma possível inundação”, acrescenta.
Apesar das chuvas fortes, nível do Rio Juruá segue estável no interior do Acre
Reveja os telejornais do Acre

Bookmark the permalink.