Confira a situação dos municípios afetados pela chuva no Alto Tietê


Em apenas três dias, o Sistema Produtor Alto Tietê registrou mais da metade da chuva esperada para todo o mês de fevereiro. Ao menos 1,2 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas na região. Desde sexta-feira (31), foram registrados cerca de 23 casos de deslizamento de terra nas cidades. Ruas da Vila Japão, em Itaquaquecetuba, ficaram alagadas após as chuvas
Alessandro Batata/TV Diário
Os temporais deixaram vários prejuízos nas cidades do Alto Tietê nos últimos dias: ruas e casas alagadas, transbordamento de rios e córregos, deslizamentos de terra e quedas de árvores (veja fotos abaixo).
Em apenas três dias, o Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) registrou mais da metade da chuva esperada para todo o mês de fevereiro, de acordo com dados da Sabesp.
Com as enchentes e ocorrências relacionadas às chuvas, muitos moradores precisaram deixar os imóveis. No Alto Tietê, ao menos 1,2 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas. Desde sexta-feira (31), foram registrados cerca de 23 casos de deslizamento de terra nas cidades da região.
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As cidades mais afetadas foram Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá e Suzano. Itaquaquecetuba e Poá decretaram situação de emergência, as medidas têm validade de 180 dias. Já Mogi das Cruzes e Suzano afirmaram que não têm previsão para o decreto de calamidade pública ou emergência.
Em Itaquaquecetuba, seis escolas municipais de Itaquaquecetuba tiveram o retorno às aulas adiado para segunda-feira (10). Segundo a Prefeitura, as unidades ficam em bairros afetados pelas chuvas, então a medida foi tomada para que os estudantes não sejam prejudicados.
Além disso, os moradores dos bairros afetados pelas chuvas em Itaquaquecetuba podem retirar uma declaração de falta ou atraso para entregar nas empresas. A medida visa minimizar os prejuízos aos trabalhadores que enfrentam dificuldades no deslocamento devido aos danos causados pela chuva.
Inclusive, os moradores do Jardim Califórnia, em Itaquaquecetuba, estão preocupados com a situação da Rua San Genário (veja foto abaixo). Segundo quem mora no local, a rua está desmoronando e as casas estão sendo afetadas. O g1 aguarda uma posição da Prefeitura de Itaquaquecetuba sobre o caso.
Veja fotos dos estragos causados pela chuva nos últimos dias no Alto Tietê 👇
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O g1 enviou alguns questionamentos sobre a situação das chuvas para cada uma das cidades (veja abaixo). Dos dez municípios, apenas Arujá, Biritiba Mirim, Poá e Salesópolis não responderam.
Ferraz de Vasconcelos
“As chuvas mais fortes no município no ano de 2025 ocorreram neste final de semana de sexta a domingo.
Até o momento, nenhum decreto [sobre emergência ou calamidade] foi emitido. Não temos desabrigados, nem desalojados, uma vez que nas residências interditadas, seus moradores foram acolhidos por familiares. Não temos desalojados.
Não houve alagamentos no município. Tivemos dois episódios de deslizamento de terra, a saber: na Vila Cristina/Vila Jamil e Rua Eveline, no Jardim do Sol”.
Guararema
“Até o momento, a Prefeitura de Guararema não tem registro de ocorrências relacionadas às chuvas”.
Itaquaquecetuba
“A Defesa Civil de Itaquaquecetuba informa que, entre sexta-feira (31) e a madrugada desta segunda-feira (3), foram registrados cerca de dez chamados relacionados a pequenos deslizamentos de terra. Todos os incidentes foram atendidos de forma rápida, sem gravidade ou vítimas.
Neste momento, as áreas afetadas estão sendo monitoradas e o foco das ações está voltado para o apoio aos moradores que optaram por deixar suas residências em locais com ruas alagadas, como na Vila Maria Augusta, Vila Sônia e Vila Japão.
A administração mantém, neste momento, mais de 100 servidores em campo, com quatro abrigos montados para acolhimento. As estruturas emergenciais estão localizadas na Rua Joaquim Nabuco, 66 – Maria Augusta, Rua Tiradentes, 126 – Maria Augusta, Rua São Roque, 215 – Vila Japão e Estrada Valter da Silva Costa, 1.228 – Vila Sônia.
Os locais oferecem alimentação, água, equipes de enfermagem, segurança da GCM e espaço para crianças. Os animais estão sendo encaminhados para o Centro de Controle de Zoonoses.
A Defesa Civil segue mantendo um canal de comunicação aberto com a população e em caso de emergência, o contato deve ser feito pelo 199.
Foi decretado, nesta segunda-feira (3), situação de emergência devido aos fortes impactos da chuva que atingiram Itaquá e as cidades da região nos últimos dias. A medida tem validade de 180 dias.
Os desalojados estão em casa de amigos, parentes, entre outros. Os desabrigados estão nos abrigos temporários que foram criados”.
Mogi das Cruzes
“A Defesa Civil de Mogi das Cruzes informa que o município recebeu chuvas intensas a partir da noite desta sexta-feira (31/01). Até a manhã de segunda-feira (03/02), foram registrados 164,9 mm de chuva, o que significa mais da metade do total previsto para o mês inteiro na cidade. Como comparação, no mês de fevereiro de 2024, o índice de chuva foi de 239,8 mm durante todo o mês.
A região oeste da cidade foi a mais atingida pelas chuvas, com destaque para a região do Oropó, que compreende bairros como Jardim Aeroporto, Santos Dumont e Jardim Layr. Até a noite de segunda-feira, seis famílias, totalizando 22 pessoas, estavam desabrigadas e foram encaminhadas para alojamento temporário, com o suporte da Guarda Civil Municipal e de agentes sociais. Parte das famílias já estão retornando para as suas casas e contam com o acompanhamento de agentes sociais. Estas famílias estão recebendo itens de primeira necessidade, como colchões, mantimentos, água potável e produtos de limpeza e higiene pessoal.
Não há previsão para decreto de calamidade pública ou emergência.
Nesta segunda-feira (03/02), o nível do rio Tietê na estrutura da SP Águas, na Ponte Grande, estava em 3,71 metros. No dia 27 de janeiro, o nível era de 3,10 metros”.
Santa Isabel
“As chuvas se iniciaram no noite do dia 29. A Prefeitura não decretou e nem pretende decretar situação de calamidade ou estado de emergência. Não há abrigos na cidade.
A cidade não teve ocorrências relacionadas às chuvas”.
Suzano
“O acumulado das últimas 72 horas chegou a 172,8 milímetros (mm). Para efeito de comparação, o índice de pluviosidade no mês todo de janeiro de 2024 foi de 268 mm, enquanto em janeiro de 2025 foi de 368 mm.
Não há previsão para este decreto [calamidade pública ou emergência].
Neste momento, há 17 pessoas desabrigadas, que precisaram ser removidas de suas casas e não tinham para onde ir. Todas elas já estão no abrigo temporário montado no prédio do antigo Restaurante Popular, onde é oferecido local para dormir, banho, alimentação e atividades para as crianças, até que os locais onde residem voltem a ter segurança ou eles consigam outro local para moradia.
O acolhimento é ofertado pelas equipes da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento que estão realizando abordagens nas localidades mais prejudicadas pelas chuvas dos últimos dias, em especial no Jardim Maitê, bairro de onde são as pessoas que estão no abrigo. Esse serviço ocorre por meio de encaminhamento.
Não há desalojados no momento.
Os bairros mais afetados desde sábado (01/02) foram: Jardim Monte Cristo, Jardim Amazonas e Jardim Maitê. A Defesa Civil segue em monitoramento por toda a cidade.
Nas últimas 72 horas foram registrados 11 movimentos de terra no período, sem vítimas. Foram cinco no Residencial Nova América e um nos bairros Jardim Brasil, Parque das Astúrias, Chácara São Judas Tadeu, Parque Buenos Aires, Jardim Ikeda e Jardim Revista.
O rio Tietê tem uma estação hidrológica de responsabilidade do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do governo federal, no trecho de Suzano, porém o equipamento está passando por reparos e não está realizando medições atualmente”.
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