Acreana encontrou novo significado para a vida durante tratamento contra câncer; ‘Preciso ter fé’


Eliene Oliveira conta que lutou contra a doença motivada pela fé religiosa e o amor que sente pelos filhos. Três anos após finalizar o tratamento, ela diz que enxerga a vida de uma outra maneira. Cabeleireira precisou viajar para fora do estado durante tratamento
Reprodução/Rede Amazônica Acre/Arquivo pessoal
Receber um diagnóstico de câncer é um momento extremamente delicado, tanto para o paciente quanto para seus familiares. Por isso, nesse momento é essencial ter uma rede de apoio durante toda a jornada do tratamento.
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No Dia Mundial de Combate ao Câncer, o g1 e a Rede Amazônica Acre contam a história de superação da cabeleireira Eliene Oliveira, que lutou contra o câncer e hoje vive uma vida repleta de esperança e gratidão. Sua jornada é um exemplo de força e determinação, e ela também destaca a importância da fé e do tratamento adequado.
“Eu descobri [o câncer] em 2019. Até então, eu morava só com meus dois filhos. Minha família morava aqui. Eu morava no interior e foi quando eu descobri. Foi realmente um baque. Eu pensei que a minha vida tinha acabado, essa que é a verdade. Eu me lembro que a primeira noite eu não conseguia nem dormir, só chorando e olhando pros meus filhos que eram pequenos”.
Ela conta ainda que o tempo até conseguir mais informações sobre a doença só aumentou a ansiedade.
“Foi uma semana, duas semanas, um mês assim, até eu ter um pouco mais de informação, que teria um tratamento que poderia ter cura. Então, foram dias bem difíceis para mim, para minha família. Quando eu contei, realmente a gente começou arrasado. Eu só conseguia chorar no primeiro momento, de verdade. Os primeiros dias foram horríveis”, relata.
Eliene Oliveira se apegou a fé religiosa e o amor pelos filhos enquanto lutava para sobreviver
Reprodução/Rede Amazônica Acre
Diagnóstico e espera
Do diagnóstico ao início do tratamento foram cinco meses de espera. Nesse período, ela destaca, a fé foi fundamental para que conseguisse prosseguir.
“Num primeiro momento, não tinha tratamento aqui. A gente ficou sabendo que não tinha. Então eu dependia de uma espera. Fora esse tratamento e essa espera, demorou cinco meses. Então foram cinco meses, aqui em Rio Branco, de angústia, de sofrimento mesmo. Quando eu cheguei em Barretos, que os médicos começaram a falar comigo, eles me deixaram bem ciente que não estava em estágio inicial, mas que eu poderia ter grande chance de cura, que era um câncer tratável. Eu não era cristã na época, mas eu creio muito em Deus. Desde sempre eu decidi entregar nas mãos de Deus e confiar”, relembra.
Emocionada, ela lembra que seus filhos também foram uma grande motivação para continuar na batalha. Em suas orações, ela pedia para sobreviver e ter mais tempo com os filhos e poder vê-los crescerem.
Enquanto mãe, mesmo durante um grave problema de saúde, ela só queria viver até que os filhos fossem maiores e independentes. O pensamento nos filhos também a conduziu durante os tratamentos.
“Eu dizia: ‘não, eu preciso ter fé, eu preciso fazer tudo que eu preciso’. Eu pensava bastante neles com meus filhos, então eles foram muito importantes para mim na minha batalha. Foi o combustível de luta. Tem três anos que eu finalizei o último tratamento, eu vejo eles e eu sou muito grata a Deus porque ele me permitiu estar cuidando dos meus filhos, ter voltado, estar cuidando deles”, comemora.
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