Até quando vai a onda de calor que influencia o tempo em Santa Catarina? Meteorologista explica

Uma onda de calor que atinge a Argentina tem afetado o tempo em Santa Catarina. Além das temperaturas elevadas, o fenômeno potencializa a formação de temporais, que podem ser fortes e até severos, com risco de danos estruturais. Saiba até quando o evento deve durar.

Até quando vai a onda de calor em Santa Catarina? Fenômeno tem gerado altas temperaturas e temporais isolados – Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Secom-SC/ND

O meteorologista Piter Scheuer destaca que, por mais que Santa Catarina seja afetada e tenha altas temperaturas, o foco da bolha de calor é no país vizinho. “É lá que está o ‘calorão’. Nós estamos só com aquele ‘calorzinho’ da fogueira, é uma influência leve”, explica.

O fenômeno se espalha de maneira mais forte no Oeste e Sudoeste do Rio Grande do Sul, além de atingir o Uruguai, segundo Scheuer. Nessas localidades, a temperatura está passando dos 40°.

Até quando vai a onda de calor em Santa Catarina?

Mesmo distante da “fogueira”, Santa Catarina tem registrado altas temperaturas nos últimos dias. As máximas previstas ficam em torno de 35° e 36°, em pontos do Oeste, Extremo-Oeste, litoral e Vale do Itajaí.

“Isso faz que ocorra a formação de temporais, por conta da alta umidade. A umidade, em combinação com essa temperatura mais elevada, proporciona temporais de verão irregulares e mal distribuídos”, explica Scheuer.

Onda de calor deve durar, pelo menos, até o início da próxima semana, afirma meteorologista – Foto: Deny Campos/ND

Segundo o meteorologista, o fenômeno deve se estender até a semana que vem.

“Por enquanto, a onda de calor vai até o início da próxima semana, que pode ser até mais aquecida, chegando em temperaturas acima dos 38° em vários pontos do Sul, Oeste e Extremo-Oeste de Santa Catarina”, estima.

No Rio Grande do Sul, o calor excessivo por conta da onda de calor vai agravar a estiagem e gerar uma piora na situação das lavouras, segundo o Metsul Meteorologia. A situação também vai piorar em áreas do Uruguai e da Argentina. Em Santa Catarina, porém, pelo distanciamento geográfico, as lavouras não devem ser afetadas, de acordo com Scheuer.