Jogos de SP interrompidos por racismo e homofobia: relembre casos

Foto: Divulgação Real Madrid

A Promotoria de Justiça de Direitos Humanos – Inclusão Social pediu à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e à Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) que partidas de futebol sejam interrompidas em caso de racismo ou homofobia. 

O Ministério Público de São Paulo publicou nesta quinta-feira (6) um texto detalhando que “documentos […] solicitam a ambas as entidades que interrompam jogos diante de episódios de preconceito com base em raça ou orientação sexual até a identificação e prisão de seus autores, para só então darem prosseguimento às partidas.”

O intuito é fomentar o combate ao racismo e à homofobia nos estádios, e a promotoria encaminhou outros documentos a outras instituições pedindo reforço para ações e reconhecimento de pessoas que descumprirem a lei.

A reportagem do Portal iG procurou a CBF e a Conmebol e quando as respostas chegarem, a matéria será atualizada.

Relembre alguns casos de homofobia e racismo no futebol brasileiro

1. Racismo contra Aranha (2014)

Durante uma partida entre Santos e Rayo Vallecano em 2014, o goleiro Aranha foi alvo de gritos e ofensas racistas da torcida adversária. O incidente gerou repercussão e foi considerado um marco no combate à discriminação no futebol brasileiro. 

2. Racismo contra Daniel Alves (2013)

Em 2013, durante uma partida entre Barcelona e Villarreal, Daniel Alves foi alvo de um ato racista quando um torcedor adversário jogou uma banana em sua direção. Alves, ao perceber a provocação, teve uma atitude positiva, comeu a fruta e seguiu com o jogo.

3. Homofobia contra Fred e outros jogadores (2014)

Durante um clássico FlaFlu, Fred foi atacado com palavras homofóbicas nas arquibancadas e nas redes sociais. Esse episódio gerou um grande debate sobre desrespeito aos jogadores, principalmente no campo de sexualidade.

4. Racismo contra Tinga (2014)

Em um jogo da Libertadores, Tinga, do Cruzeiro, foi vítima de cantos racistas pela torcida peruana do Real Garcilaso. O caso gerou indignação no Brasil e ao redor do mundo, com manifestações de apoio a Tinga, uma das primeiras vítimas a receber uma resposta concreta do clube rival.

5. Agressões homofóbicas a jogadoras (2020)

No futebol feminino, a homofobia também acontece. Em 2020, diversas jogadoras receberam ataques homofóbicos. Os insultos surgiram nas redes sociais e nas arquibancadas e, são um reflexo de um preconceito que liga o futebol a um mundo masculino.

6. acismo contra Vinícius Júnior (2022)

O atacante Vinícius Júnior, do Real Madrid, foi alvo de racismo em uma partida contra o Atlético de Madrid em 2022. Torcedores adversários usaram cantos racistas e apelidos ofensivos para intimidar o jogador brasileiro. O episódio gerou protestos de colegas.

7. Racismo contra Pelé nos anos 1960

Um dos casos mais antigos ocorreu na década de 1960, quando Pelé, o “Rei do Futebol”, foi alvo de discriminação racial. Apesar do sucesso internacional, o craque sofreu com o racismo em várias ocasiões, dentro e fora do Brasil. 

8. Racismo contra Raí (1993)

Em 1993, o ex-jogador Raí também foi vítima de ataques racistas durante um jogo contra a seleção da Rússia, quando jogava pela seleção brasileira. O episódio gerou repúdio e destacou a constante luta contra a discriminação racial.

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