ANTES E DEPOIS: Reféns libertados pelo Hamas aparecem mais magros; veja comparação


Neste sábado (8), Israel também libertou 183 prisioneiros palestinos. Troca foi a última etapa da 1ª fase do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas. 2ª parte ainda será debatida e deve levar a fim da guerra. Entre tantas imagens de libertados na troca de reféns do Hamas e prisioneiros palestinos feita neste sábado (8), um detalhe não passou despercebido: a aparência dos três israelenses sequestrados pelo grupo terrorista e soltos nesta manhã.
Ohad Ben Ami, Eli Sharabi e Or Levy foram libertados neste sábado em troca de 183 prisioneiros palestinos que Israel soltou, na última leva da troca na 1ª fase do cessar-fogo entre Israel e Hamas.
Os três foram “exibidos” em uma espécie de palco montado pelo grupo terrorista na Faixa de Gaza antes de serem entregues a agentes da Cruz Vermelha, que faz as devoluções de ambos os lados.
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Veja, abaixo, imagens de como os libertados eram antes de serem sequestrados, em 7 de outubro de 2023, e após serem libertados:
Or Levy
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Levy foi levado por terroristas na festa rave que acontecia no sul de Israel quando o Hamas invadiu o país, em 7 de outubro de 2023. Sua esposa foi assassinada pelo grupo, e seu filho, que tinha 3 anos à época, ficou com parentes do casal.
Ohad Ben Ami
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Eli Sharabi
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Última etapa
Hamas ‘exibe’ reféns em palco antes de devolvê-los
A devolução deste sábado foi última etapa da primeira fase do acordo, e uma segunda etapa, que levaria à devolução de todos os reféns e ao fim da guerra, ainda está sendo negociada.
A libertação deste sábado também chegou a ficar ameaçada após as falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que os EUA devem tomar o controle da Faixa de Gaza após a guerra (leia mais abaixo).
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou a “exibição” dos reféns em um palco montado em Gaza (veja imagem abaixo) e disse que não iria “ignorar o que foi visto hoje”.
Multidão se concentra diante de palco montado pelo Hamas (ao fundo, à esquerda) para exibir reféns devolvidos pelo grupo terrorista, em 8 de fevereiro de 2025.
Mohammad Abu Samra/ AP
Incerteza após falas de Trump
A divulgação dos nomes daqueles que seriam soltos ocorreu após o prazo estabelecido no acordo, segundo a imprensa israelense. Desde o início da trégua, o Hamas tem comunicado previamente para Israel os nomes dos reféns que a serem libertados.
A nova rodada de libertação de reféns também sofreu um período de indefinição na última sexta-feira (7), após as falas do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre tomar o controle de Gaza, o que levou a temores de que a troca de reféns por prisioneiros palestinos pudesse ser afetada.
As declarações de Trump sobre Gaza nesta semana aumentaram as tensões sobre o acordo de cessar-fogo na guerra, considerado frágil. Trump falou que os EUA “assumiriam” Gaza no pós-guerra e os palestinos seriam removidos do território, o que gerou forte crítica internacional.
O próprio Hamas também repudiou a fala de Trump, qualificando-a como “racista” e pediu para que as facções palestinas se unam contra os EUA. A reação do grupo terrorista, que disse ainda que “nenhum palestino deixará Gaza”, causou temores de que o cessar-fogo no território se tornasse ainda mais frágil.
Um porta-voz do Fórum das Famílias de Reféns, a principal associação de parentes, também relatou à AFP o atraso no recebimento dos nomes, o que gerou cobranças ao governo israelense para pressionar o grupo terrorista.
O acordo de cessar-fogo que entrou em vigor em 19 de janeiro previa a libertação de “vários reféns” neste sábado, segundo agências de notícias.
Segunda fase
Libertação de reféns do Hamas ocorreu em meio a multidão no sul da Faixa de Gaza
As negociações indiretas entre Hamas e Israel sobre a segunda fase do acordo começaram na terça-feira (4) no Catar, um dos três mediadores do processo, ao lado de Estados Unidos e Egito, segundo um porta-voz do movimento palestino.
A nova etapa deve resultar na libertação de todos os reféns e no fim definitivo da guerra em Gaza.
Durante a visita do premiê israelense a Washington, Donald Trump anunciou a proposta surpreendente de assumir o controle do território palestino e transferir a população de Gaza para países vizinhos, com o objetivo de possibilitar a reconstrução.
“A Faixa de Gaza será entregue aos Estados Unidos por Israel ao final da luta”, afirmou Trump. Ele acrescentou que os palestinos serão “realocados em comunidades muito mais seguras e bonitas, com casas novas e modernas, na região”, como no Egito ou Jordânia, escreveu em sua rede Truth Social.
Os dois países, no entanto, rejeitaram com veemência a proposta.
Apesar de vago, o plano de Trump deixa em perigo a ideia de uma solução de dois Estados para solucionar o conflito palestino-israelense de décadas. A opção é defendida por grande parte da comunidade internacional, mas Israel se opõe.
Desde seu retorno à Casa Branca em 20 de janeiro, o republicano multiplicou os gestos de apoio a Israel. O mais recente aconteceu na quinta-feira, quando assinou uma ordem executiva que prevê sanções contra o Tribunal Penal Internacional (TPI) por empreender “ações ilegais” contra os Estados Unidos e Israel.
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