Marília registra mais de mil casos de dengue em 2025; número corresponde a 10% dos casos do ano passado


Outras cidades da região também enfrentam aumento de casos. Criadouros do Aedes aegypti estão em vasos de plantas, baldes, regadores, bebedouros de animais e ralos. Mais de mil casos de dengue são registrados em Marília, representando 10% de 2024
Marília atingiu a marca de 1.071 casos confirmados de dengue em menos de 40 dias no ano de 2025, se tornando a cidade com o maior número de infecções no centro-oeste paulista. Além disso, o município registrou a primeira morte pela doença na região neste ano. O número corresponde a 10% do total de casos registrados em 2024, que foi de pouco mais de 10 mil.
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Outras cidades da região também enfrentam aumento expressivo de casos. Ibitinga contabiliza 410 registros, seguida de Bauru, com 327, Cândido Mota, com 321 e Lins com 83. Apesar do menor número de infecções, Lins já soma duas mortes causadas pela doença.
Marília ultrapassa mil casos de dengue em 2025
TV TEM / Reprodução
Para tentar conter o avanço da epidemia, a Secretaria da Saúde implantou um polo de hidratação, com o objetivo de diminuir os prontos-socorros, que atualmente atendem um grande volume de pacientes com sintomas da dengue.
Recipientes de Larvas
Segundo o mais recente levantamento do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), os principais criadouros do Aedes aegypti estão em vasos de plantas, baldes, regadores, bebedouros de animais e ralos internos e externos.
Objetos com água:
Ralo interno (1568)
Ralo externo (1148)
Consumo animal (440).
Objetos com larva:
Vaso de planta (80)
Balde ou Regador (68)
Consumo animal (52).
Os agentes de endemias têm intensificado as visitas domiciliares para eliminar focos do mosquito e orientar a população sobre a importância da prevenção.
Em entrevista à TV TEM, a enfermeira da Divisão de Zoonoses de Marília, Vivian Martinelli, explicou a importância da população abrir a casa e atender o agente para a realização da manutenção.
” Muitas vezes os agentes já têm o olho treinado, eles sabem onde procurar, sabem onde mora o perigo, geralmente nas casas e para os moradores às vezes passa despercebido. Esses ralos internos e externos são muito comuns nas casas e, às vezes, fica a água parada ali e eles vão fazer um tratamento químico, que ele vai durar dois meses de tratamento, onde as larvas não vão conseguir sobreviver naquele local.”
A Secretaria de Saúde alerta que a colaboração dos moradores é fundamental no combate ao mosquito da dengue.
Armadilhas contra o mosquito
Marília recebeu nesta semana as primeiras 3 mil EDLs (Estações Disseminadoras de Larvicidas), que são a nova estratégia nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças, utilizando a fêmea do mosquito como aliada na dispersão de larvicida.
Essas estações são instrumentos que facilitam a disseminação de larvicida pelos próprios mosquitos, entre locais tratados com o larvicida e criadouros não tratados.
A “armadilha” contra o mosquito funciona da seguinte forma: o mosquito fêmea de Aedes aegypti procura um local para colocar seus ovos; ele pousa na EDL e se impregna de larvicida no contato com suas patas e parte do corpo; o mosquito procura outros criadouros para colocar mais ovos; e ele pousa em outros criadouros e contamina com o larvicida que está em seu corpo outros criadouros, matando as formas imaturas do inseto.
Como as fêmeas de Aedes preferem visitar muitos criadouros para colocar uns poucos ovos em cada um, elas disseminam o larvicida para esses criadouros, que viram armadilhas letais para esses mosquitos imaturos.
‘Armadilhas’ que utilizam os próprios mosquitos para espalhar o larvicida serão usadas em Marília
Prefeitura de Marília/ Divulgação
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