Rio Preto registra aumento de 30% nos casos de picada de escorpião em janeiro, aponta Saúde


Foram registrados 101 acidentes com picadas de escorpião em janeiro deste ano, contra 77 no mesmo período do ano passado, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Rio Preto registra aumento de 30% nos acidentes envolvendo picadas de escorpião em janeiro
Tv Tem /Reprodução
São José do Rio Preto (SP) e os distritos de Talhado e Engenheiro Schmitt registraram 101 acidentes envolvendo picadas de escorpião em janeiro deste ano. No mesmo período do ano passado, foram 77 acidentes. O número representa um aumento de 31,16% nos casos. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde.
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Os 101 acidentes com escorpiões representam uma média de três pessoas picadas por dia no município. Do total dos acidentes, conforme a Saúde, 88 foram classificados como “leves” e 13 como “moderados”.
No ano passado, foram 74 “leves” e três “graves”. Neste ano, o bairro com maior incidência de picados foi o Solo Sagrado, com 20 casos (veja o a mapa abaixo). Não foram constatados óbitos por acidente com esses animais em janeiro de ambos os anos.
Bairro com maior incidência de picados foi o Solo Sagrado em Rio Preto (SP)
Secretaria de Saúde de Rio Preto/Divulgação
Os locais no corpo que recebeu mais picadas, conforme o levantamento, foram os dedos da mão e o pé (veja a imagem abaixo).
Considerando o aumento no número de casos, a Vigilância Ambiental tem desenvolvido ações como a busca ativa noturna por esses animais em locais com maior risco de acidente e de maior infestação, bem como a vistoria em imóveis com risco.
Local no corpo que recebeu mais picadas, conforme o levantamento, foram os dedos da mão e o pé, dos moradores em Rio Preto (SP)
Arte/g1
Por que esse aumento?
Ao g1, o biólogo e doutor em zoologia, Thiago Maia Davanso, explicou que o escorpião mais comum na região de Rio Preto é o amarelo. Nesse caso, os cuidados devem ser redobrados, uma vez que ele possui veneno tóxico.
Conforme Thiago, o aumento da quantidade de animais nas cidades se justifica pela expansão urbana para áreas ocupadas por matas, ambiente natural dos escorpiões. O segundo fator se dá pelo acúmulo de lixo e entulho, que servem de abrigo.
O lixo, segundo ele, atrai insetos como baratas, principais alimentos dos escorpiões. Além disso, o tempo de reprodução dos animais ocorre em maior intensidade em setembro e outubro, em específico no período de chuvas.
“Considerando que se reproduzem de duas a três vezes no ano em média, e que o aumento das chuvas está relacionado com o período reprodutivo, podemos dizer que o mês de janeiro e fevereiro estão propícios para o maior aparecimento dos escorpiões”, explica o biólogo.
O que fazer se encontrar o animal?
Conforme o especialista, os moradores não devem manusear o animal. No caso de encontrar um escorpião, o biólogo recomenda que acionem as autoridades que, com auxílio de uma pinça longa, vão conseguir colocar o animal em um frasco fechado.
O animal deve ser levado ao Centro de Controle de Zoonoses do município para identificação e observação das medidas a serem tomadas.
“Quanto às crianças, devem sempre ser orientadas pelos pais para, caso encontre um escorpião, manter distância e comunicar imediatamente aos responsáveis, para que o procedimento correto seja seguido”, orienta o especialista.
Cuidados
Não jogue veneno: isso deixa o animal ainda mais estressado e, caso seja uma fêmea, estimula a reprodução por partenogênese, que dispensa a figura do macho na fertilização;
Não tente matar com chinelo: o escorpião pode perfurar a sola e causar o acidente.
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