Homem que matou namorada e fugiu pra Colômbia é trazido ao Brasil

Polícia Federal escoltou preso de volta ao Brasil no começo de fevereiroMARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Um brasileiro suspeito de matar a companheira em 2023 foi extraditado da Colômbia para o Brasil no último dia 6 de fevereiro, após um pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O crime ocorreu em Ipatinga, município do Vale do Aço, em Minas Gerais, no dia 28 de abril de 2023. Após a morte da mulher, o homem fugiu para a Colômbia. As investigações Segundo o MPMG, ele foi acusado de homicídio qualificado por asfixia, tortura, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. A mulher foi encontrada com múltiplas lesões. Além disso, o suspeito também foi denunciado por tráfico de drogas e por fornecer entorpecentes regularmente à vítima. A investigação aponta que, no dia da morte, ele teria injetado uma grande quantidade de cocaína na companheira, levando-a à morte por intoxicação. Relacionamento abusivo O MPMG apurou que o casal mantinha um relacionamento abusivo, marcado por agressões frequentes, muitas delas na presença da filha da vítima. A idade da criança não foi divulgada. Após a morte da mulher, o suspeito teria utilizado o celular dela para enviar mensagens e vídeos a amigos e familiares, tentando se passar por ela para simular que estava bem. Posteriormente, ele usou o próprio perfil no Instagram para comunicar a morte e, em seguida, apagou e desativou todas as redes sociais.

Fuga e extradição

Com a acusação formalizada, o MPMG solicitou a prisão preventiva do suspeito. Ao tomar conhecimento do mandado, ele fugiu para a Colômbia e foi incluído na lista de procurados internacionais da Interpol.

A Polícia Federal escoltou o homem de volta ao Brasil, onde ele foi encaminhado ao Complexo Penitenciário Nelson Hungria. Ele será julgado pelo Tribunal do Júri de Ipatinga e, caso condenado, pode receber uma pena de até 105 anos de prisão. O promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, responsável pelo pedido de extradição, destacou que a prisão representa “uma grande vitória para a Justiça e um avanço no combate à impunidade e aos crimes violentos contra mulheres, especialmente os feminicídios.

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