Secretaria diz que hacker de Araraquara afirma se sentir ‘seguro’ em centro de detenção e se manifesta contra transferência


Defesa de Walter Delgatti Neto havia pedido a transferência dele de estabelecimento em Araraquara para o ‘presídio dos famosos’ em Tremembé, alegando riscos à integridade do hacker. Decisão cabe ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. Walter Delgatti em imagem de 2023
Ueslei Marcelino/Reuters
A Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo se manifestou contra a transferência de Walter Delgatti Neto, conhecido como hacker de Araraquara, de um centro de detenção da cidade do interior de São Paulo para o complexo penal de Tremembé (SP), conhecido como o “presídio dos famosos”.
Delgatti está preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória de Araraquara, acusado de ter cometido os crimes de falsidade ideológica e invasão de dispositivo informático. Moraes é o relator da ação penal no STF, na qual o hacker e a deputada Carla Zambelli (PL-SP) figuram como réus.
Moraes determinou o encaminhamento de informações sobre as condições do hacker após ouvir a Procuradoria-Geral da República e depois de um pedido da defesa de Delgatti.
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Os advogados do hacker afirmaram que ele tem sofrido ameaças e corre riscos no local em que está preso. No pedido encaminhado a Moraes, a defesa também solicita a transferência de Walter Delgatti Neto para a penitenciária de Tremembé (SP), também conhecida como “presídio dos famosos”.
“A polarização política que temos enfrentado atualmente, enraizada em todos os setores do convívio social, até mesmo núcleos familiares, coloca o hacker de Araraquara, como ficou conhecido, como alvo fácil dentro da prisão, tendo recebido sérias e frequentes ameaças no período em que está recolhido, na cidade de Araraquara”, afirma a defesa.
Por isso, além de cobrar informações sobre a segurança do hacker, Moraes determina que a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo se manifeste sobre a pertinência e a viabilidade da transferência do hacker.
Após a resposta da secretaria, o tema será encaminhado para que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre os pedidos e, na sequência, Moraes deve decidir sobre a solicitação.
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