Belos e reluzentes, azulejos unem praticidade e arte em fachadas e interiores

Os azulejos originaram-se na Mesopotâmia, cerca de 4.000 a.C., como peças de cerâmica decorada usadas em paredes e pisos. A técnica evoluiu na Pérsia, sendo influenciada pela cultura islâmica com o uso de padrões geométricos.
Durante a Idade Média, difundiram-se pela Península Ibérica, especialmente em Portugal e Espanha, onde ganharam destaque.
Azulejos são fabricados com argila, que é moldada, seca e queimada em altas temperaturas. Recebem uma camada de esmalte cerâmico para obter cores e padrões antes da segunda queima. Podem conter materiais como sílica, feldspato e minerais que conferem resistência e brilho.
A produção em larga escala gera empregos e contribui para economias locais e nacionais. O comércio global de azulejos movimenta bilhões de dólares devido à alta demanda. O setor está sempre inovando em tecnologia e sustentabilidade na produção.
Os azulejos são suportes para expressar desenhos, narrativas e padrões artísticos. Artistas famosos, como Athos Bulcão no Brasil e Antoni Gaudí (foto) na Espanha, usaram-nos em obras icônicas.
Suas técnicas combinam funcionalidade e estética, permitindo múltiplas formas de expressão. Em Portugal, contam histórias e retratam cenas históricas ou religiosas em fachadas e interiores
No mundo islâmico, são usados para criar ornamentos complexos, refletindo a riqueza cultural.
São resistentes à umidade, tornando-os ideais para revestir cozinhas, banheiros e fachadas. Facilmente laváveis e duráveis, são opções econômicas de longa vida útil.Isolam calor e podem ser usados como elemento decorativo e funcional ao mesmo tempo.

PORTUGAL – O país é mundialmente reconhecido pelos azulejos azuis e brancos, que adornam fachadas, igrejas e estações de trem.
ESPANHA – A Andaluzia apresenta azulejos decorados com motivos geométricos e arabescos, herança islâmica.
IRÃ – Mesquitas e palácios históricos possuem azulejos intrincados com padrões florais e cores vibrantes.
TURQUIA – A Mesquita Azul, em Istambul, é conhecida por seus azulejos Iznik azuis e brancos.
BRASIL – No Brasil colonial, os azulejos portugueses foram usados em igrejas, conventos e casarões, como em Salvador e Olinda.
São Luís é um dos maiores exemplos da tradição portuguesa de azulejos no Brasil. Suas fachadas, principalmente no Centro Histórico, são revestidas por azulejos que datam do século XVIII e XIX. Essas peças não apenas decoram, mas também ajudam a proteger os edifícios do intenso calor e da umidade do clima local.
Os azulejos em São Luís representam a preservação do patrimônio histórico e cultural e fazem parte da identidade visual da cidade. A riqueza desses revestimentos foi um dos fatores que levou a cidade a ser reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1997.
ITÁLIA – A região de Amalfi tem azulejos coloridos em fachadas e decorações artesanais.

ÍNDIA – O Taj Mahal apresenta mosaicos detalhados que incluem azulejos entre pedras preciosas.
TUNÍSIA – Casas e pátios em Túnis têm azulejos com padrões islâmicos, usados em muros e fontes.
MÉXICO – O estado de Puebla se destaca com azulejos Talavera, pintados à mão em tons vibrantes.
HOLANDA – Azulejos Delftware imitam o estilo português, mas trazem cenas de paisagens e marinas.
EGITO – Decorações de mesquitas utilizam azulejos com inscrições árabes e padrões geométricos.
CHINA – Usados na arquitetura imperial e templos, com detalhes pintados à mão.
GRÉCIA – Azulejos tradicionais enfeitam igrejas e casas brancas nas ilhas gregas, como Santorini.
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