Suspeita de envenenar bolo no RS deixou recado antes de morrer

Deise Moura dos Anjos teria deixado recado antes de morrer, aponta delegadoReprodução

Deise Moura dos Anjos, a mulher suspeita de matar três pessoas envenenadas com arsênio, colocados em um bolo de frutas, escreveu um recado antes de ser encontrada desacordada dentro da cadeia. A informação é do chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, em entrevista à RBS TV nesta quinta-feira (13).

“Ela [Deise] deixou um escrito, que nós estamos apurando ainda detalhes, no local. Tipo um desabafo, se dizendo inocente, dizendo que era uma pessoa que estava em sofrimento, em depressão”, afirmou Sodré à TV.

Deise foi encontrada desacordada

De acordo com a Delegada Karoline Calegari, responsável pelo caso, os agentes penitenciários da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba encontraram Deise enforcada na cela. “Mediram a pulsação e constataram que ela ainda estava viva, razão pela qual tiraram da situação de enforcamento, ali ela estava enforcada com uma camiseta, e começaram a prestar os primeiros socorros”, contou Calegari.

O SAMU foi acionado mas a mulher não resistiu. Ela morreu logo após os primeiros atendimentos médicos. As circunstâncias da morte estão sendo investigadas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), mas a principal suspeita é de suicídio. 

A mulher estava sozinha na cela e usava o uniforme de detenta. Informações preliminares indicam que, no dia anterior, Deise teria entregue sua aliança após o marido pedir a separação.

Deise estava presa temporariamente desde 5 de janeiro. Ela ficou um mês no Presídio Estadual Feminino de Torres e, em 6 de fevereiro, após ter prisão prorrogada pela Justiça,  foi transferida para Guaíba por questões de segurança.

Relembre o caso

Bolo que teria causado envenenamento no Rio Grande do SulReprodução/Polícia Civil

No dia 24 de dezembro de 2024, durante celebração de Natal em Torres (Rio Grande do Sul), sete pessoas ingeriram um bolo que havia sido preparado por Deise em Arroio do Sal e levado até o local da reunião. Pouco tempo após o consumo, os presentes começaram a passar mal.

Três pessoas morreram: Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos; Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43 anos; e Neuza Tatiana Denize Silva dos Anjos. Outras três precisaram ser hospitalizadas, incluindo a própria Deise, que também comeu o bolo.

As investigações apontaram que o bolo continha arsênio, uma substância altamente tóxica. A motivação do crime teria sido um desentendimento familiar com Deise que começou há cerca de 20 anos. Além das mortes provocadas pelo envenenamento, Deise também era investigada pelo assassinato do sogro, ocorrido em setembro de 2024.

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