Polícia coleta novas amostras de rio atingido por rompimento de barragem de garimpo ilegal no AP


Equipes devem retornar ao município de Pedra Branca do Amapari nesta quarta-feira (19). Polícia informou que os responsáveis pelo garimpo já foram identificados. Barragem rompeu há uma semana e poluiu o rio Cupixi.  Polícia Civil do Amapá investiga rompimento de barragem em área de garimpo
Agentes da Delegacia do Meio Ambiente do Amapá devem retornar nesta quarta-feira (19) à Pedra Branca do Amapari, para realizar a coleta de novas amostras do rio Cupixi, que foi poluído após a barreira de um garimpo ilegal se romper na última terça-feira (11). 
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Um inquérito apura a suspeita de crime ambiental. De acordo com a polícia, os responsáveis pela área de exploração ilegal já foram identificados. Ainda segundo a investigação, os garimpeiros abandonaram o local após o acidente na terça-feira (11). 
Os agentes da Polícia Civil vão até o local junto da Polícia Científica do Amapá (PCA). A delegacia solicitou ainda o repasse de laudos expedidos pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Concessionária de Saneamento do Amapá (CSA), que detalham a qualidade da água dos rios da região atingida. 
“A Polícia Científica retorna hoje [quarta-feira] lá no sentido de fazer complementações e a gente aguarda o resultado disso aí para que nós possamos concluir esse caso tão logo apontando e fazendo o indiciamento de quem deve ser responsabilizado […] hoje retornamos para fazer coleta de sedimentos e de água”, afirmou Wellington Ferraz, delegado de Meio Ambiente. 
Desde a quarta-feira 14, a PCA realiza coletas na região, isso porque nos últimos dias, moradores de Porto Grande, município vizinho, denunciaram a coloração diferente do rio Cupixi, que tem ligação com os rios Araguari e Amapari. Os três fazem parte da circulação da economia dos dois municípios. 
Peritos coletaram as amostras em diferentes áreas do rio Cupixi
Divulgação/Polícia Científica
De acordo com o último levantamento da Defesa Civil estadual, a contaminação atinge uma área de cerca de 150 quilômetros fluviais. Água que anteriormente tinha uma coloração “mais clara”, foi tomada por lama. 
O Tenente Coronel Vilmar Laurindo, da Defesa Civil, disse em entrevista à Rede Amazônica que, em uma análise preliminar, as equipes não encontraram contaminação por mercúrio nas águas. Mas, a recomendação é evitar o consumo do líquido captado do rio, além do consumo de peixe. 
“Foi emitido um aviso estadual para que a população não consumisse a água e o peixe enquanto a gente não tiver os exames com metodologia correta para a identificação desses produtos perigosos. A orientação continua até que nós tenhamos o exame detalhado”, afirmou. 
A Defesa Civil informou que, em números preliminares, cerca de 4 mil pessoas estão sendo afetadas pelo dano ambiental.
Ainda conforme a Defesa Civil, a área impactada está localizada no Igarapé Água Preta, que deságua no rio Cupixi e também atinge comunidades às margens do Rio Araguari.
Garimpo onde barreira se rompeu em Pedra Branca do Amapari, no Amapá
Divulgação/Sejusp
Situação de emergência 
O Governo Federal, através da Secretaria Nacional de Defesa Civil (SEDEC), reconheceu situação de emergência nos municípios de Pedra Branca do Amapari, Porto Grande, Ferreira Gomes e Cutias do Araguari, no Amapá, em decorrência do colapso na barragem. 
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, juntamente com representantes do governo estadual e municipal, esteve em Porto Grande neste sábado (15), para acompanhar a situação que afeta a região.
A portaria com o reconhecimento de situação de emergência foi publicada no Diário Oficial da União e, a partir de agora, a prefeitura pode solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil.
Além disso, equipes da Secretaria de Assistência do Estado estão prestando ajuda humanitária às famílias afetadas. Cestas básicas e galões de água estão sendo entregues na região. 
Famílias de região afetada por rompimento de barragem recebem ajuda humanitária
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