Megaoperação apreendeu armas exclusivas das Forças Armadas, drogas avaliadas em R$ 1 milhão e carros em Maceió

Investigação apontou que material apreendido pertence ao traficante Nem Catenga, que se encontra foragido no Rio de Janeiro, mas comanda o tráfico de drogas na Vila Brejal. SSP apreende fuzil de uso restrito em bairro de Maceió
A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL) realizou, nesta quinta-feira (20), entrevista coletiva para apresentar os resultados da megaoperação deflagrada no dia anterior. A ação retirou de circulação mais de 210 quilos de drogas, 1.389 munições e sete armas, incluindo um fuzil.
Entre os itens apreendidos, destacam-se seis armas de fogo, incluindo um fuzil calibre 556, duas submetralhadoras calibre 9mm, duas espingardas calibre 12, um revólver calibre 38, e uma espingarda de pressão.
Além disso, foram confiscados 210,6 quilos de entorpecentes, sendo 178 kg de maconha, 28,6 kg de crack e quatro quilos de cocaína.
De acordo com os levantamentos realizados, todo o material apreendido, provavelmente, pertence a um traficante que atualmente se encontra foragido no Estado do Rio de Janeiro. Esse indivíduo possui seis mandados de prisão em aberto, expedidos pela Justiça Alagoana, pelos crimes de homicídio, tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa.
A operação foi conduzida pela Chefia Geral de Inteligência Integrada da SSP/AL, em conjunto com a Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil de Alagoas (Dracco), o Batalhão de Rotam da Polícia Militar, e o Núcleo de Gestão da Informação do Ministério Público de Alagoas.
O secretário executivo de Gestão Interna da Segurança Pública, José Carlos dos Santos, destacou a importância da integração entre as forças de segurança para o êxito da ação.
“Essa operação demonstra o compromisso da Segurança Pública do estado em combater o crime organizado. A inteligência integrada tem sido essencial para alcançarmos resultados tão expressivos como este”, afirmou.
A operação foi um desdobramento da Operação Hades, deflagrada em fevereiro de 2024 e que desarticulou uma grande organização criminosa atuante nos bairros do Vergel do Lago e Levada, com conexões em outros estados.
Durante a investigação, os agentes identificaram um veículo que ainda precisava ser apreendido e, após uma denúncia anônima, localizaram um HB-20 de cor preta em um estacionamento particular no bairro do Prado, junto a outro HB-20 e uma motocicleta.
Com base nas informações levantadas, os agentes realizaram uma campana para identificar possíveis envolvidos. Por volta das 14h, um casal chegou ao local em uma motocicleta e foi abordado.
Eles estavam portando dinheiro, droga e as chaves dos dois automóveis; além disso, o homem estava com um revólver na cintura. Ao revistar os veículos, os policiais localizaram uma grande quantidade de drogas, armamentos e munições.
O delegado-geral da Polícia Civil, Gustavo Xavier, reforçou o compromisso das forças de segurança em continuar combatendo o crime organizado.
“Essa operação reforça nossa dedicação ao enfrentamento de facções criminosas que atuam em nosso estado. Continuaremos com as investigações para desmantelar completamente esses grupos”, afirmou.
O comandante-geral da PM, coronel Paulo Amorim, ressaltou a eficiência do trabalho conjunto e o impacto da apreensão.
“A retirada dessas armas e drogas das ruas representa um duro golpe contra o crime organizado. A parceria entre as forças de segurança é fundamental para avançarmos no enfrentamento a essas organizações”, declarou.
O chefe da Inteligência Integrada da SSP, delegado Gustavo Henrique, explicou a importância do monitoramento contínuo para o sucesso da operação.
“Nossos levantamentos permitiram identificar e localizar esses materiais, que estavam diretamente ligados às atividades da organização criminosa. As agências de inteligência, de forma integrada, têm sido uma ferramenta essencial no combate ao crime”, enfatizou.
O diretor da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), delegado Igor Diego, informou que as investigações seguem em andamento.
“As diligências continuarão com o objetivo de identificar outros possíveis integrantes do grupo criminoso, bem como investigar a possível lavagem de dinheiro decorrente da compra de imóveis, conforme vários contratos apreendidos”, reforçou.
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