MC Chefin presta depoimento em investigação sobre rifas ilegais


Chefin chegou na especializada pouco depois das depois das 12h. Em seguida, ele foi para uma sala onde presta esclarecimentos à polícia. Chefin presta depoimento à polícia
Rafael Nascimento/g1
O influenciador digital Nathanael Cauã Almeida de Souza, o Chefin, presta depoimento na tarde desta quarta-feira (26) na Delegacia do Consumidor no inquérito que apura um esquema de rifas ilegais — que muitas vezes não entregavam os prêmios aos ganhadores. No ano passado, Chefin foi alvo de um mandando de busca e apreensão da Polícia Civil do RJ.
Chefin chegou na especializada pouco depois das depois das 12h. Em seguida, ele foi para uma sala onde presta esclarecimentos à polícia. A defesa do influenciador confirmou que ele estava na delegacia para prestar depoimento sobre a investigação.
Em 2024, ele e outros dois influenciadores foram alvos da Operação Sorte Grande que apreendeu itens valiosos.
À época, os agentes apreenderam documento que vai ajudar os investigadores a entender o esquema, que movimentou pelo menos R$ 15 milhões, segundo a polícia.
‘Operação Sorte Grande’
Segundo as investigações da Delegacia do Consumidor (Decon), influenciadores com milhões de seguidores nas redes sociais divulgavam sorteios de bens que nunca eram entregues.
Em abril de 2024, agentes da Decon cumpriam 7 mandados de busca e apreensão contra 5 alvos.
O grupo é investigado por estelionato, crime contra a economia popular e associação criminosa.
A polícia investigou durante 4 meses, antes da operação de apreensão.
Os investigados foram:
Luiz Guilherme de Souza, o Gui Polêmico: 15 milhões de seguidores
Samuel Bastos de Almeida, o Almeida do Grau: 450 mil seguidores
Nathanael Cauã Almeida de Souza, o Chefin: 13,5 milhões de seguidores
De acordo com o inquérito, os influenciadores promoviam rifas com prêmios em dinheiro, lotes de telefones celular, veículos de luxo e até mesmo apartamentos. Para dar credibilidade ao negócio, os golpistas simulavam a entrega dos bens mais valiosos para comparsas e publicavam os vídeos em seus perfis.
Já prêmios mais simples, segundo o delegado Luiz Henrique Marques, eram de fato dados aos ganhadores, a fim de estimular os jogos.
Nas redes sociais, MC Chefin e Gui Polêmico negaram as acusações e disseram que a verdade vai aparecer. A equipe de reportagem não conseguiu contato com a defesa deles.
Como eram as rifas
Em um sorteio valendo um carro e uma moto, no ano passado, cada tíquete valia R$ 0,35, e o apostador tinha de escolher números de 0 a 9.999.999, ou 10 milhões de combinações possíveis.
Em sorteios regulares baseados na Loteria Federal são utilizados 5 números de 0 a 9, resultando em 100 mil possíveis combinações.
A polícia suspeita que os concursos eram extraídos sem qualquer auditoria ou meios para que o participante pudesse acompanhar. Com os mandados desta quarta, a Decon espera obter detalhes das plataformas que operam esses sorteios — quase sempre com sede no exterior.
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