Roubo de 100 armas: dono de loja é preso por suspeita de comunicar falso crime


Investigações apontam que suspeito fez vendas ilegais de armas e munições antes do roubo, em junho deste ano. Segundo a polícia, por enquanto, não há relação com invasão da loja por meio do buraco feito na parede. Buracos feitos por suspeitos para acesso à sala cofre de loja de armamentos no DF
Reprodução
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, na manhã desta segunda-feira (19), o dono da loja de Ceilândia onde 100 armas foram supostamente roubadas em junho deste ano (veja detalhes abaixo). Outras quatro pessoas foram presas.
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No entanto, não houve roubo. Segundo a Polícia Civil, Tiago Henrique Nunes de Lima realizou a comunicação de um falso crime. As investigações apontam que ele fez vendas ilegais de armas e munições antes do roubo da loja.
Ainda segundo a polícia, por enquanto, não há qualquer relação entre a venda ilegal das armas e a invasão da loja por meio do buraco feito na parede.
Outros quatro presos se uniram para arquitetar o crime, de acordo com os investigadores. Um deles é Thiago Braga Martins, apontado pelos investigadores como autor intelectual da invasão à loja de Ceilândia. Ele e os outros presos teriam alugado a loja ao lado do comércio roubado.
Aos investigadores, Thiago confessou o crime de invasão à loja. No entanto, ele declarou que não havia armas dentro do cofre. A partir dessa informação, a Polícia Civil passou a investigar a comunicação de falso crime por parte do dono da loja.
Relembre o caso
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Em junho deste ano, o dono de uma loja em Ceilândia comunicou o roubo de 100 armas, a maioria de grosso calibre. Revólveres, pistolas e carabina estavam entre os objetos furtados.
À época, acreditava-se que os suspeitos que alugaram uma loja que divide a mesma parede pelos fundos do comércio eram responsáveis pelo crime. Buracos na parede foram feitos para que eles entrassem na loja e arrombassem a sala-cofre onde estava o arsenal. Foram quebradas duas portas de ferro e um cofre pequeno.
O proprietário da loja avisou a polícia do furto na segunda-feira, dois dias após o grupo entrar no local, após receber uma ligação do dono da imobiliária, que aluga o espaço pra ele.
A loja, segundo o dono, tinha 17 câmeras de monitoramento, alarme, sensor de presença, de vibrações. Na época do crime, os investigadores disseram que as câmeras de segurança do local foram levadas pelos suspeitos. A loja não tinha compartilhamento em nuvem dos vídeos e nem um sistema de backup, segundo a polícia.
De acordo com o Exército – que é o órgão responsável pela fiscalização e autorização de venda de armamento no Brasil –, a loja tem as licenças necessárias para a comercialização de armas. No começo de junho, o local foi fiscalizado e não foi encontrada nenhuma irregularidade.
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