Justiça torna réus 4 vigilantes por morte de imigrante em rodoviária de Cuiabá


Juiz determinou que os acusados apresentem defesa escrita no prazo de 10 dias. Hidemaro Ivan Jose Sanchez Camaho, de 49 anos, morreu após ser espancado pelos vigilantes
Divulgação
A Justiça de Mato Grosso aceitou a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e tornou réus por homicídio qualificado os quatro vigilantes acusados de espancarem um imigrante venezuelano até a morte no Terminal Rodoviário de Cuiabá. A vítima, Hidemaro Ivan Jose Sanchez Camaho, tinha 49 anos e morava em Roraima. A decisão foi assinada nessa terça-feira (25), pelo juiz João Bosco Soares da Silva, da 12ª Vara Criminal da capital.
Os réus Jonas Carvalho de Oliveira, Dhiego Erik da Silva Ferreira, Alvacir Marques de Souza e Luciano Sebastião da Costa responderão por homicídio qualificado, com agravantes de motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
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Na decisão, o juiz determinou que os acusados apresentem defesa escrita no prazo de 10 dias. O magistrado ressaltou que a denúncia cumpre os requisitos legais e que não há motivos para sua rejeição.
Após a apresentação das defesas, o Ministério Público terá cinco dias para se manifestar. Em seguida, a Justiça decidirá se os réus serão levados a júri popular.
Homem morre após ser espancado por 4 vigilantes em rodoviária de Cuiabá
Polícia Civil
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Entenda o caso
Homem morre após ser agredido por 4 vigilantes em rodoviária de Cuiabá
Há três semanas, Hidemaro morreu após ser espancado por quatro vigilantes no Terminal Rodoviário de Cuiabá. Segundo a polícia, a vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
Uma câmera de segurança flagrou o momento das agressões. Nas imagens, é possível ver o homem sendo espancado pelos vigilantes. Em seguida, o homem corre para a plataforma da rodoviária, tropeça, cai e continua sendo espancado pelos suspeitos e, depois, é imobilizado.
A vítima foi rendida por um dos vigilantes com um golpe mata-leão por mais de um minuto.
Em nota, a Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (SINART) informou que está tomando as providências necessárias para a apuração dos fatos e colaborando com as investigações. Disse também que não compactua com qualquer forma de conduta que resulte em violência, constrangimentos ou agressão, e zela sempre pela garantia dos direitos dos passageiros e usuários nos terminais rodoviários.
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