Homem da Meia-Noite emociona com homenagem a blocos líricos e arrasta foliões na madrugada de domingo em Olinda


Desfile do calunga segue pela Cidade Alta e entrega a chave da cidade ao Cariri Olindense ao amanhecer. Desfile do Homem da Meia-Noite emocionou foliões que seguiram o calunga pelas ladeiras de Olinda
O desfile do Homem da Meia-Noite, na madrugada de domingo (2), reuniu mais uma vez uma multidão que acompanhou o calunga pelas ladeiras da Cidade Alta. Foi o 93º desfile e dessa vez o Homem da Meia-Noite homenageou o compositor Getúlio Cavalcanti e os blocos líricos, com o tema “O Bom Sebastião”.
Com mais de 60 anos de carreira, o compositor de mais de 150 frevos – entre eles “O último regresso”, falou da emoção de participar do desfile.
“Estou muito feliz e realizado. São 63 carnavais e tenho uma homenagem dessas. É um estímulo para dar continuidade a esse trabalho que faço com muito carinho e afinco”, disse Cavalcanti, revelando a música sempre esteve presente em sua casa e que todos os filhos são músicos. “É uma riqueza. Família que canta unida, permanece unida”, brincou.
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Além do compositor, também foram reverenciados o Coral Edgar Moraes – formado pela filha, por sobrinhas e nestas do compositor; o Bloco da Saudade; o Bloco das Flores; o Bloco Carnavalesco Misto Batutas de São José (o mais antigo em atividade do Recife); e o Bloco Flor da Lira.
Este ano, Cid Cavalcanti, do bloco O Bonde, e Josué Francisco, do Cordas e Retalhos, foram responsáveis por confeccionar o fraque do calunga. A roupa, no estilo casaca, foi bordada com renda francesa e começou a ser planejada em maio de 2024.
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Nas costas, um flabelo com a letra do frevo “O Bom Sebastião”, de Getúlio Cavalcante (confira abaixo). Já na calça do calunga foram colocados os nomes de todos os blocos de Pernambuco – dos mais antigos aos mais recentes.
Êxtase e entrega ao carnaval
O percurso do Homem da Meia-Noite tem 4,5 quilômetros, saindo da Rua do Bonsucesso e seguindo pelas ruas do Sítio Histórico de Olinda durante a madrugada de domingo, até se encontrar, perto do amanhecer com o tradicional Cariri Olindense, no Largo de Guadalupe.
De acordo com a tradição, o calunga leva a chave da cidade e um relógio, que são “entregues” ao Cariri como simbolismo da abertura do carnaval de Olinda. O gesto indica que os dias que se seguem, até a Quarta-Feira de Cinzas, são da brincadeira e que a chave só será devolvida à “realidade” ao fim do carnaval.
A multidão entende a poesia e o simbolismo dos dias de Momo e sempre se entrega ao frevo. Não foi diferente desta vez. As milhares de pessoas que aguardaram a saída do calunga se emocionaram e seguiram o Homem da Meia-Noite dispostos a frevar até o amanhecer.
Desfile do Homem da Meia-Noite de 2025 homenageou o compositor Getúlio Cavalcanti e os blocos líricos
Reprodução/TV Globo
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