Uso de camisinha e testagens de rotina: infectologista dá orientações para se proteger de ISTs


Infectologista Thor Dantas dá dicas para curtir as festividades carnavalescas com saúde e responsabilidade. Infectologista Thor Dantas deu dicas e orientações para prevenção de IST’s
GETTY IMAGES via BBC
As festividades do Carnaval começam nesta sexta-feira (28) e um tema que não deve ser negligenciado é a prevenção contras as infecções sexualmente transmissíveis (IST’s). No quadro Bom Dia Doutor, do telejornal Bom Dia Acre, o infectologista Thor Dantas deu dicas e orientações para curtir as festividades com saúde e responsabilidade.
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De acordo com o profissional, as IST’s aumentam nesse período por conta da falta de cuidado.
“[Carnaval] É a festa da carne, é a festa em que as pessoas namoram mais. Estão também, muitas vezes, sob efeito de álcool e o álcool diminui o nosso cuidado, aumenta a nossa exposição ao risco, isso é bem estudado. Então, é um período em que as infecções sexualmente transmissíveis aumentam demais e as pessoas precisam estar atentas ao tema”, afirmou.
Thor pontua ainda que a lista de infecções e de sintomas é grande e, por isso, é importante se atentar ao fato de que algumas delas não apresentam sinais.
“O HIV, por exemplo, fica sem sintoma durante décadas, até que dê sintomas de coisas muito graves, como meningite, pneumonia. As infecções mais comuns do dia a dia dão sintomas que a gente chama de uretrite: a mulher tem corrimento e o homem tem uma inflamação no canal da urina”, explicou.
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O médico ainda cita que algumas infecções são identificadas por meio de uma infecção urinária, além do corrimento ou feridas na região genital. “Sífilis dá muita ferida, herpes também dá ferida na região genital. E pode ter verrugas, que são os condilomas”, complementou ele.
Profissional faz alerta
Durante a entrevista, o infectologista orientou que quem teve relações sexuais desprotegidas e não apresentar sintomas, deve fazer uma testagem para verificar se contraiu alguma IST.
“Para essas infecções que não dão sintomas, como HIV, sífilis e hepatite que também é muito transmitida por via sexual, só a testagem vai dizer. E a testagem deve ser feita em média, sempre que você teve uma relação desprotegida, sem camisinha, um mês após a exposição, os exames já dão positivos”, esclareceu.
Ele ainda indica que deve ser feita uma última testagem três meses depois da relação sexual desprotegida para confirmar o resultado.
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Prevenção
O médico infectologista frisa também sobre a importância da prevenção, principalmente com o uso da camisinha. Ele também cita a Profilaxia Pré-Exposição, também conhecida pela sigla PrEP. O medicamento, acessível no Sistema Único de Saúde (SUS), é capaz de preparar o organismo para enfrentar um possível contato com o vírus HIV e impedir que ele infecte o corpo.
“O preservativo é muito útil, porque ele é muito simples, barato e está disponível para todo mundo. É gratuito e funciona muito bem para todas as ISTs”, complementou.
Após uma relação desprotegida, o médico orienta que a primeira ação é procurar o serviço de saúde em até 15 dias após o ocorrido para fazer os primeiros testes.
“Se você está sentindo qualquer sintoma de corrimento, de ferida, de verruga, qualquer sintoma na região genital, também procure um serviço de saúde para fazer exames e aí, eventualmente, você pode precisar de uma consulta médica também para examinar. Se você não está sentindo nada, teve relações sexuais ou vai iniciar uma relação sexual com uma pessoa nova, faça testagens de rotina”, destacou.
Quais são os tipos de ISTs?
Existem mais de 30 bactérias, vírus e parasitas diferentes que podem ser transmitidos por contato sexual.
Os indivíduos também podem ter várias ISTs ao mesmo tempo.
As mais comuns são sífilis, gonorreia, clamídia e tricomoníase. Todas essas infecções são curáveis.
Mesmo sem sintomas, essas infecções podem ser transmitidas por meio de relações sexuais e ser prejudiciais. Se houver sintomas, podem ser:
Corrimento incomum do pênis ou vagina
Feridas ou verrugas na área genital
Dores frequentes ao urinar
Comichão e vermelhidão na área genital
Bolhas ou feridas na boca ou ao redor dela
Odor vaginal anormal
Comichão anal, dor ou sangramento
Dor abdominal
VÍDEOS: g1

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