RS registra primeira morte por coqueluche em 2025, diz SES; saiba como prevenir doença


Quadro é uma infecção respiratória altamente contagiosa. Vítima tinha 15 anos e era moradora de Horizontina, na Região Noroeste. Estado conta com 75 casos, conforme o governo. Número de registros de Coqueluche dispara e acende alerta no Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul confirmou a primeira morte por coqueluche em 2025, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES). A vítima é um adolescente de 15 anos, morador de Horizontina, no Noroeste do estado.
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Segundo a SES, a vítima morreu na última semana do mês de janeiro, mas a divulgação do óbito ocorreu apenas em março. Ele possuía o esquema vacinal completo contra a doença e era portador de uma patologia que compromete múltiplos órgãos.
Até o momento, o RS conta com 75 casos da doença, conforme mapeamento do governo.
De acordo com a pasta, a doença é de notificação obrigatória em todo o Brasil. Isso significa que todos os casos devem ser informados ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) para acompanhamento e controle. Além disso, é recomendada a realização de exames para confirmação dos casos.
Em 2024, um bebê – que não possuía esquema completo de vacinação devido à idade -, em Camaquã, também morreu vítima da coqueluche.
O que é coqueluche
A coqueluche é uma infecção respiratória altamente contagiosa, transmitida por gotículas eliminadas ao falar, tossir ou espirrar. Os principais sintomas são crises intensas de tosse. A doença atinge principalmente bebês e crianças.
Segundo o Ministério da Saúde, em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes, mas isso é pouco frequente.
“É uma doença que já se conhece, que de tempos em tempos faz esses picos de aumentos de casos. Não é uma doença que está eliminada, que está erradicada, a bactéria continua circulando”, explica a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Juliana Demarchi.
Tosse seca e mal-estar
Etiqueta de tosse: cobrir o nariz e a boca com lenço descartável jogando-o fora após o uso ou cobrir a boca com o braço dobrado, usando o antebraço.
Crédito: iStockPhotos
Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas podem se manifestar em três níveis:
No primeiro, podem ser parecidos com os de um resfriado, com mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Eles podem durar por semanas.
No segundo estágio, a tosse piora.
Já no terceiro nível, a tosse é tão intensa que pode comprometer a respiração, além de causar vômitos e cansaço extremo.
Geralmente, os sintomas duram entre seis e 10 semanas, podendo se prolongar, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso.
A maioria das pessoas consegue se recuperar da doença sem maiores complicações ou sequelas. Contudo, nas formas mais graves, podem ocorrer quadros mais severos, com complicações como infecções de ouvido, pneumonia, parada respiratória, desidratação, convulsão, lesão cerebral e morte.
Como prevenir
A vacina é o principal meio de prevenção da coqueluche
TOMAZ SILVA/AGÊNCIA BRASIL via BBC
A melhor forma de prevenção é a vacinação. Confira quem deve se vacinar:
Crianças: a vacina pentavalente deve ser aplicada em três doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade, com um reforço aos 15 meses e outro aos 4 anos, com a tríplice bacteriana
Gestantes: deve ser aplicada uma dose da vacina dTpa a partir da 20ª semana de gestação
Profissionais da saúde: o SUS oferece a vacina recomendada a todos os profissionais da saúde
Outras pessoas: adultos que convivem com bebês devem estar com o esquema vacinal em dia, com uma dose de dTpa realizada a cada 10 anos.
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