Policial militar é preso em Porto Alegre por suspeita de participação em esquema de extorsão, diz polícia


Vítima afirma ter sido ameaçada e extorquida. Antes de ser preso, PM investigado deu três tiros no próprio celular. Polícia ainda tentará recuperar conteúdo do aparelho. Antes de ser preso, PM investigado por participar de esquema de agiotagem deu três tiros n
Um policial militar foi preso por suspeita de envolvimento em um esquema de agiotagem e extorsão, no Rio Grande do Sul. Um advogado e um empresário também são apontados pela polícia como participantes da organização. Os suspeitos foram alvos de mandados de prisão na manhã desta quinta-feira (6), na Zona Norte de Porto Alegre e em Cachoeirinha, na Região Metropolitana.
📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp
O caso investigado envolve chantagem contra uma empresária de Xangri-Lá, no Litoral Norte, que estaria sendo coagida a pagar um suposto agiota. Leia mais abaixo.
Segundo o delegado Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, a operação realizada nesta quinta resultou na prisão de um dos investigados. Os outros dois seguem foragidos.
“É um policial militar, mas é importante destacar que ele já está afastado por investigação da Corregedoria Geral da Brigada Militar, que apurou prática similar em 2019, em Alvorada”, afirmou.
Pouco antes de os policiais ingressarem no local, o suspeito efetuou três disparos contra o próprio telefone celular. Veja na imagem acima. A polícia apreendeu com o PM uma pistola, munições e uma máquina de cartão, além dos fardamentos da corporação.
Segundo a Polícia Civil, apesar do celular ter sido danificado, a perícia tentará recuperar os dados do aparelho.
PM foi preso suspeito de participar de esquema criminoso
Gabriel Quadros/Agência RBS
Mulher foi ameaçada por PM
O caso chegou à polícia no fim do ano passado, quando uma vítima de Xangri-lá, no Litoral Norte do RS, relatou estar sendo ameaçada e coagida a pagar uma dívida — que, segundo ela, já havia sido quitada.
De acordo com a investigação a vítima era proprietária de uma imobiliária no litoral em 2023 e, ao passar por problemas financeiros, procurou um empresário, que atuaria como agiota e adquiriu empréstimos que somaram R$ 300 mil. Ao final de 2024 a mulher, segundo a polícia, já teria quitado a dívida com 100% de juros, ou seja, mais de R$ 600 mil.
Ela então teria parado de pagar o agiota, que já utilizava um advogado para intermediar o acordo para a quitação da dívida. Ambos, durante as cobranças, ameaçavam e constrangiam as vítima, conforme a investigação.
O delegado ainda afirma que foi neste momento que o policial militar entrou na história, indo até o estabelecimento da vítima e cobrando mais R$250 mil. Esse policial, segundo o delegado, passou a ameaçar a vítima por mensagens, áudios e vídeos. O comércio da mulher chegou a ser alvo de disparos.
VÍDEOS: Tudo sobre o RS
Bookmark the permalink.