Juiz do AM vai ficar afastado por tempo indeterminado após soltar colombiano preso com 1,2 tonelada de drogas


Afastamento dele foi determinado pelo corregedor do Tribunal de Justiça, desembargador Hamilton Saraiva, na segunda-feira (3). Juiz que soltou colombiano preso com 1,2 toneladas de droga é afastado do cargo no AM.
Divulgação
O juiz Túlio de Oliveira Dorinho, que determinou a soltura do colombiano Juan Carlos Urriola — preso na última terça-feira (25) com 1,2 tonelada de drogas em Santa Isabel do Rio Negro, no interior do Amazonas —, vai ficar afastado do cargo por tempo indeterminado.
A decisão foi tomada pelo corregedor do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembargador Hamilton Saraiva, na segunda-feira (3).
O g1 tenta contato com a defesa do magistrado.
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Urriola foi trazido a Manaus após a prisão e passou por audiência de custódia. Durante a sessão, o Ministério Público argumentou que a grande quantidade de drogas apontava para um esquema profissional de tráfico e que a ausência de residência fixa no Brasil representava risco de fuga.
Mesmo assim, o juiz concedeu liberdade provisória ao suspeito, decisão que levou ao seu afastamento.
Segundo informações obtidas com exclusividade pela Rede Amazônica, não há prazo definido para o retorno de Dorinho, que permanecerá afastado até a conclusão das investigações.
Natural de Minas Gerais, Túlio de Oliveira Dorinho ingressou na magistratura em 2015 e já atuou em Lábrea, Guajará e Novo Airão. Atualmente, acumulava a titularidade da 11ª Vara Cível da Comarca de Manaus e também atuava como juiz da 34ª Zona Eleitoral.
Ele é graduado em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e mestrando em Direito pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com pesquisas na área de “Constitucionalismo e Direitos na Amazônia”.
O caso
No sábado (1º), o MP, inconformado contra a decisão que determinou a liberdade provisória do colombiano, entrou com um recurso pedindo a revogação do benefício.
No mesmo dia, o juiz Luís Alberto Nascimento Albuquerque revogou a decisão de Dorinho e decretou a prisão preventiva do suspeito.
Na (3), a Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas disse que o juiz foi afastado de suas funções e um procedimento foi instaurado para apurar os fatos, que tramita em segredo de justiça.
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