Fotógrafa mineira ‘caçadora’ de aurora boreal registra fenômeno raro durante voo na Noruega; VÍDEO


Imagens foram gravadas por Sabrina Chinellato, de Juiz de Fora, na chegada a Tromso, no norte do país escandinavo. Apesar de estar acostumada a clicar as luzes, ela nunca fotografado a aurora de uma aeronave. Sabrina Chinellato fotografou uma aurora boreal pouco antes de aterrisar na Noruega
Sabrina Chinellato
A mineira Sabrina Chinellato, ‘caçadora’ de aurora boreal, colocou no currículo uma nova experiência. Da janela de um avião comercial, pouco antes de pousar em Tromso, no norte da Noruega, capturou um imenso colorido passeando pelo céu da região:
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“O piloto anunciou que a gente estava vendo uma aurora muito forte e abaixou as luzes. Praticamente apagou as luzes do avião, e todo mundo ficou enlouquecido. Eu dei sorte, pois estava sozinha nos bancos e não precisei dividir a janela com ninguém”, explicou ela, que também deu detalhes sobre a raridade do fenômeno:
“É uma coisa muito rara. É difícil de ter a sorte de estar ali no alto durante uma atividade muito intensa. Aconteceu devido a um buraco coronal do Sol, que é uma atividade mais significativa, e eu dei sorte de estar no avião para capturar”.
Mesmo acostumada a fotografar as auroras, a juiz-forana teve dificuldades para registrar o fenômeno:
“Mesmo que o piloto tenha abaixado as luzes, elas ainda atrapalhavam. Tive que pegar o meu casaco e tampar a janela para poder fazer como se fosse uma câmera escura, para poder não deixar que a luz de dentro do avião interferisse na minha visualização e também não fizesse reflexo no vidro da janela”.
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Segundo Sabrina, a experiência de fotografar a aurora em voo foi inédita: “Foi uma experiência muito diferente. Há diferença entre ver a aurora em terra e de dentro do avião”, explicou ela, que disse ter o hábito de comprar assentos do lado norte, onde o fenômeno normalmente aparece.
“Eu tive que pegar a mochila, abrir, pegar a lente certa, colocar cartão de memória na câmera. Por mais que eu sabia que a gente tinha a chance de ver uma aurora, nunca imaginei que ia ser aquela aurora. Então eu improvisei o equipamento na hora para fotografar”.
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“Você também precisa de um tripé e usar a técnica de longa exposição. Como eu não tinha esse recurso, porque o avião estava em movimento e a gente não teria como ter a estabilidade de um tripé, tive que fotografar na mão, segurar a respiração e colocar a velocidade mais baixa [da câmera] dentro do possível. Mas deu certo. Os outros passageiros também estavam fotografando, falando e mudando de lugar no avião para poder ver a aurora”, recordou-se.
Segundo ela, a aurora dançou por uns 15 minutos no céu e, mesmo após a aterrissagem, ainda foi possível ver um restinho do fenômeno:
Foi uma experiência desafiadora, mas foi muito bonito, porque o céu estava muito limpo, não tinha nenhuma nuvem e a aurora dançou linda. Teve verde, teve rosa, foi muito especial”, disse.
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