Jovem atropelado por motorista embriagado em Rio Branco amputou perna e segue em coma: ‘muito grave’


Anderson da Silva Nascimento chegou a precisar de doações de sangue e está em coma no pronto-socorro. Família diz que jovem voltava do trabalho quando foi atingido por caminhonete que entrou na contramão. Anderson da Silva Nascimento, de 23 anos, foi atropelado por motorista embriagado quando voltava do trabalho
Arquivo pessoal
O jovem Anderson da Silva Nascimento, de 23 anos, que foi atropelado por um motorista embriagado na última quinta-feira (15), em Rio Branco, passou por uma cirurgia de amputação de uma das pernas. Ele chegou a precisar de doações de sangue para passar pelo procedimento.
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Janaina Silva, tia do rapaz, contou ao g1 que ele segue em coma e o estado ainda é grave. De acordo com ela, Anderson voltava do trabalho quando foi atingido por José Wilson Gomes de Araújo.
“O Anderson, desde do dia do acidente precisou de doação de sangue. A gente conseguiu algumas bolsas, ele passou por duas cirurgias e uma delas foi para a amputação da perna dele. Foi amputada um pouco acima do joelho. Nesse momento, ele continua na UTI, em coma. Cremos que é um coma induzido, mas o estado dele é muito grave ainda. Graças a Deus, da cintura para cima ele não tem nenhum problema. A amputação da perna foi feita para poder salvar a vida dele”, informou.
O acidente ocorreu na Travessa Camboriú, no bairro Bosque. De acordo com a Polícia Militar, o condutor da caminhonete saiu de uma distribuidora e entrou na contramão, quando atingiu o jovem que estava em uma motocicleta.
Ainda segundo a tia de Anderson, a família segue em orações pelo estado de saúde dele, e espera por justiça.
“Nesse momento, a única coisa que queremos é que ele reaja, e oração. Que o rapaz pague pelo que ele fez com o nosso sobrinho”, desabafa.
Motocicleta foi arremessada a 20 metros do local do impacto, segundo o BPTrans
Reprodução
Prisão preventiva
O motorista José Wilson Gomes de Araújo, de 29 anos, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva durante audiência de custódia nessa sexta-feira (16). Na decisão, a Justiça pontuou que a fuga do local do acidente e a tentativa de ocultar o evento, conforme relatado pelas testemunhas, “dão conta de apontar para o concreto perigo de fuga e de se furtar a aplicação da lei penal”.
Conforme o Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTrans), o motorista, que estava com o carro emprestado por um conhecido, não parou após o acidente, mas voltou à distribuidora para fazer uma nova compra, mesmo depois de ter se envolvido no acidente, quando recebeu voz de prisão.
José Wilson Gomes de Araújo, de 29 anos, teve a prisão preventiva decretada
Reprodução
Araújo passou pelo teste de bafômetro, e, segundo a polícia, foi constatado que estava com 0.61 mg/L, o que configura embriaguez.
Ainda de acordo com o BPTrans, a motocicleta foi arremessada a 20 metros do local de impacto, e o para-choque do carro foi arrancado com a violência da batida. O veículo foi apreendido e o condutor encaminhado à Delegacia de Flagrantes (Defla).
A vítima foi levada ao pronto-socorro de Rio Branco em estado grave. Em depoimento à polícia, o motorista permaneceu calado. Já no relatório informativo anexado ao processo, consta que José Wilson Araújo, de 29 anos, tem uma loja de auto elétrica, onde a família trabalha junto. Disse não ter nenhum transtorno mental e nem doença grave.
O motorista disse que não usa drogas, mas confessou estar alcoolizado no momento do acidente e disse ainda que está disposto a custear com medicação ou outro suporte que a vítima precisar.
A defesa do motorista entrou com pedido de liberdade, alegando que ele era o principal provedor do lar e diante de ser réu primário, destacou que ele não oferece risco à sociedade. Além disso, a defesa alega que ele seria responsável pelo irmão que tem deficiência. Porém, a Justiça entendeu que não é cabível a liberdade provisória.
“Os crimes de trânsito, notadamente a lesão corporal e o homicídio, são extremamente prejudiciais à convivência social, tendo em vista que oferecem alto grau de periculosidade, principalmente quando há envolvimento de álcool, como é o caso”, alegou a juíza Andréa da Silva Brito ao dar sua decisão. Ela também destacou que o estado do motociclista ainda segue grave e delicado.
VÍDEOS: g1

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