Principal agência de saúde dos EUA oferece até US$ 25 mil para demissão voluntária de funcionários


Maioria dos funcionários recebeu a oferta por email. Adesão vai até a próxima sexta-feira. Elon Musk e o presidente dos EUA, Donald Trump, em 11 de fevereiro de 2025
REUTERS/Kevin Lamarque
A maioria dos 80 mil funcionários federais do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, responsáveis por pesquisar doenças, inspecionar alimentos e administrar os programas de seguro saúde dos Estados Unidos — o Medicare e o Medicaid —, receberam por email uma oferta para deixarem o emprego por um pagamento de até US$ 25 mil.
A medida vem como um programa de demissão voluntária e acontece em linha com os cortes de gastos promovidos pelo governo do presidente Donald Trump. Os trabalhadores não podem começar a optar por entrar no programa até segunda-feira (10), e têm até sexta-feira para enviar uma resposta.
O email foi enviado para a equipe de todo o departamento, que inclui os Centros de Controle e Prevenção de Doenças em Atlanta e os Institutos Nacionais de Saúde, bem como a Administração de Alimentos e Medicamentos, ambos localizados no estado de Maryland.
O Departamento de Saúde e Serviços Humanos é uma das agências federais mais caras do governo, com um orçamento anual de cerca de US$ 1,7 trilhão e que é gasto principalmente com a cobertura de assistência médica para milhões de pessoas inscritas no Medicare e no Medicaid.
A agência supervisiona o seguro saúde para cerca de metade do país por meio do Medicare para idosos e do Medicais para norte-americanos pobres e com alguma deficiência. Não houve nenhum comentário imediato do Departamento neste domingo.
O secretário de saúde de Trump, Robert F. Kennedy Jr., deu a entender que existirão grandes planos de cortes na equipe. No ano passado, ele prometeu imediatamente demitir todos os 600 funcionários do Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sigal em inglês), o braço de pesquisa biomédica do país.
Kennedy Jr. não foi tão longe, mas logo após ser empossado, no mês passado, afirmou que equeria remover alguns trabalhadores das agências de saúde pública.
“Tenho uma lista na cabeça”, disse o secretário na época, destacando que alguns trabalhadores “tomaram decisões realmente ruins” sobre diretrizes nutricionais.
O governo Trump, com a ajuda do bilionário Elon Musk, vem tentando expulsar funcionários federais em um esforço para cortar custos. Em janeiro, a maioria dos funcionários federais recebeu uma proposta de demissão voluntária que veio com o equivalente a oito meses de pagamento de salário.
E-mail do departamento de Elon Musk causa crise no governo dos EUA
Milhares de funcionários em estágio probatório também foram demitidos em agências federais, incluindo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos.
A mais recente medida para reduzir o número de profissionais de saúde federais ocorre no momento em que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) está auxiliando no combate a um surto letal de sarampo no Texas e no Novo México. Além disso, legisladores também debatem cortes profundos no Medicaid no orçamento federal.
Bookmark the permalink.