Clima para quarta-feira (19): semana de chuvas intensas pelo país

Chuvas intensas pelo país.Climatempo/Reprodução

A quarta-feira (19) contará com tempo instável na maior parte do país, com alerta de chuvas em grande parte do território nacional.

O país segue com probabilidade de chuva isolada em Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Em Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Maceió (AL), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA) e São Paulo (SP) não chove, mas há possibilidade de céu nublado.

Semana de contrastes

Entre os dias 17 e 24 de março, enquanto os ventos alísios – ventos constantes e úmidos que sopram dos trópicos para o equador – e a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) favorecem fortes precipitações em algumas áreas, outros territórios desfrutarão de tempo estável e céu claro.

Essa diversidade se deve à interação de sistemas de calor, umidade e instabilidade, que irão afetar desde o Norte até o Sul do Brasil.

Região Norte

Na Região Norte, a combinação dos ventos alísios com a umidade proveniente do Oceano Atlântico Equatorial acentua a formação de chuvas intensas.

A previsão aponta que, numa faixa que se estende do centro-leste do Pará até o oeste do Amazonas, os acumulados podem superar os 60 mm – indicados por tons de laranja e vermelho nos mapas meteorológicos.

Em contrapartida, locais como Roraima, o nordeste do Amazonas, o noroeste do Pará, Amapá e o sudoeste do Tocantins deverão registrar acumulados mais baixos, inferiores a 40 mm.

Região Nordeste

A atuação da ZCIT na Região Nordeste deve favorecer chuvas intensas em pontos estratégicos: o norte do Maranhão e do Piauí, o litoral do Ceará e parte do Rio Grande do Norte terão volumes acima de 80 mm, acompanhados por ventos que podem atingir até 100 km/h.

Já na faixa leste, que se estende da Paraíba ao centro-leste da Bahia, as chuvas devem ser esparsas, com acumulados inferiores a 20 mm, podendo inclusive faltar precipitação em alguns locais.

Região Centro-Oeste

No Centro-Oeste, a interação entre calor e umidade mantém a instabilidade em áreas do norte e sul de Mato Grosso, Goiás e no Distrito Federal.

Especialmente a partir do dia 19, acumulados superiores a 80 mm são esperados nessas áreas.

Em Mato Grosso do Sul, a situação é menos homogênea: o centro-sul do estado deve registrar precipitações mais contidas, enquanto o norte apresenta tendência a volumes mais altos e irregulares.

Região Sudeste

As previsões para o Sudeste indicam uma divisão bem marcada.

Enquanto a divisa entre Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e o nordeste de São Paulo deve registrar chuvas acima de 60 mm a partir do dia 19, em partes do norte de Minas o céu deve permanecer mais limpo.

Ademais, algumas regiões do centro-sul paulista poderão apresentar acumulados que ficam abaixo de 10 mm, refletindo a variabilidade dos sistemas climáticos que atuam na área.

Região Sul

Para o Sul do Brasil, a presença predominante de uma massa de ar seco garante condições mais estáveis ao longo da semana.

Em Santa Catarina, particularmente na região leste, pode haver um leve aumento da nebulosidade com eventual pancada de chuva no início do período, mas o final da semana promete ser de tempo aberto e clima mais ameno para a população.

Alertas do INMET

Entre 17 e 18 de março de 2025, o INMET publicou uma série de seis alertas para chuvas intensas e ventos fortes com alcance em diversas partes do Brasil, variando entre níveis de “Perigo” e “Perigo Potencial“.

Os alertas indicam que em alguns momentos as chuvas poderão variar entre 20 e 30 mm/h (ou até 50 mm acumulados no dia) com ventos de 40 a 60 km/h, enquanto em outros serão mais intensas, atingindo 30 a 60 mm/h (acumulando entre 50 e 100 mm por dia) e ventos de 60 a 100 km/h. Tais condições aumentam os riscos de quedas de galhos, cortes de energia, alagamentos e descargas elétricas.

As áreas afetadas abrangem uma ampla região do país. Algumas delas são regiões da Amazônia – como o Sudoeste Amazonense, o Vale do Juruá e o Vale do Acre –, áreas extensivas que incluem partes do Pará, Amazonas, Roraima, e Macapá, até localidades no Nordeste, como Ceará, Maranhão, Piauí, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Além disso, os alertas atingem partes do Sudeste e Centro-Oeste, com riscos destacados para regiões de Minas Gerais (incluindo Zona da Mata, Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba e a Metropolitana de Belo Horizonte), Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, São Paulo, e Mato Grosso do Sul.

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