Após três semanas, servidores da Educação de Cruzeiro do Sul suspendem greve


Propostas oferecidas ao sindicato, tais como o pagamento do reajuste de agosto e discussão do retroativo em setembro, foram aceitas para que o movimento grevista fosse suspenso. Aulas municipais retornam na segunda-feira (26). Profissionais da rede municipal de ensino entram em greve em Cruzeiro do Sul
Rayza Lima/Rede Amazônica
Após quase um mês, os servidores da Educação de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, decidiram suspender a greve nesta sexta-feira (23) e as aulas no município já devem ser retornadas na segunda (26). A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no município, Pedro Lima.
A categoria iniciou o movimento grevista no dia 2 de junho, com decisão tomada em assembleia da categoria no dia anterior. A principal reivindicação era o reajuste de 14,9% referente novo piso salarial anunciado pelo Ministério da Educação no início deste ano.
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Mais de 11 mil alunos da rede municipal de ensino de Cruzeiro do Sul ficaram sem aulas por conta da greve dos professores neste período.
O presidente do sindicato no município pontuou que a suspensão ocorre até setembro. Durante este período, será criada uma comissão com membros do Sinteac, da Câmara de Vereadores e gestão municipal para acompanhar os repasses e aplicações dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
“Nesse período, vamos acompanhar a implementação das propostas apresentadas pela gestão municipal: o pagamento do reajuste do piso nacional do magistério aos professores para agosto. Lembrando que o reajuste foi anunciado pelo governo federal em janeiro de 2023. A gestão se comprometeu também, em setembro, retornar às discussões e analisar os pagamentos desse retroativo, desse reajuste aos professores”, disse.
Negociações
O secretário de Educação em Cruzeiro do Sul, Amarizio Saraiva, havia dito, em assembleia feita na terça (20), que a gestão já atendeu a várias das pautas da categoria, como elevação da carga horária dos servidores para 30 horas, o que segundo ele, gerou aumento de salário, entre outros.
“Desde janeiro temos conversado com o sindicato, implementamos aquilo que foi pedido no ano passado. Para se ter uma ideia, na nossa gestão, o professor já teve um aumento de 52% com atualização do piso, elevação para 30 horas da carga horária e nosso professor provisório, de 2020 para cá, teve um aumento de 73% no seu salário. Então, o professor recebia R$ 1.220 e hoje recebe R$ 2.220. Mas, o sindicato está buscando piso nacional. Ninguém está se negando a pagar, mas hoje a Educação de Cruzeiro do Sul não tem condições de pagar esse piso, pelas sucessivas quedas que estamos tendo nos repasses do governo federal”, disse Saraiva.
Contudo, as propostas oferecidas ao sindicato, tais como o pagamento do reajuste de agosto e discussão do retroativo em setembro, foram aceitas para que o movimento grevista fosse suspenso.
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