Sinais do autismo: 11 comportamentos que podem indicar que você tem o transtorno

O Dia Mundial da Conscientização do Autismo é celebrado no dia 2 de abril e visa promover a inclusão e conscientização sobre o TEA (Transtorno do Espectro Autista). O tema ainda gera muitas dúvidas a respeito dos sinais do autismo, classificações e o que define que uma pessoa tem o transtorno.

Dia Mundial da Conscientização do Autismo é celebrado no dia 2 de abril e visa promover a inclusão e conscientização sobre o TEA. Na imagem, pessoas seguram quebra-cabeça em formato de coração, que ilustra o transtorno

Dia Mundial da Conscientização do Autismo é celebrado no dia 2 de abril e visa promover a inclusão e conscientização sobre o tema – Foto: Freepik/Divulgação/ND

O que é o transtorno do espectro autista?

Conforme o Ministério da Saúde, o autismo envolve o distúrbio no desenvolvimento neurológico que prejudica a organização de pensamentos, sentimentos e emoções.

Além disso, é caracterizado pela presença de déficits persistentes na comunicação e interação social, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.

Os sinais do autismo

Segundo a Biblioteca Pública do Ministério da Saúde, há 11 sinais comuns do autismo. São eles:

  • Apresentar atraso anormal na fala;
  • Não responder quando for chamado e demonstrar desinteresse com as pessoas e objetos ao redor;
  • Ter dificuldades em participar de atividades e brincadeiras em grupo, preferindo sempre fazer tarefas sozinho;
  • Não conseguir interpretar gestos e expressões faciais;
  • Ter dificuldade para combinar palavras em frases ou repetir a mesma frase ou palavra com frequência;
  • Apresentar falta de filtro social (sinceridade excessiva);
  • Sentir incômodo diante de ambientes e situações sociais;
  • Ter seletividade em relação a cheiro, sabor e textura de alimentos;
  • Apresentar movimentos repetitivos e incomuns, como balançar o corpo para frente e para trás, bater as mãos, coçar algumas partes do corpo (como ouvidos, olhos e nariz), girar em torno de si, pular repentinamente, reorganizar objetos em fileiras ou em cores;
  • Mostrar interesse obsessivo por assuntos considerados incomuns ou excêntricos, como biologia, paleontologia, tecnologia, datas, números, entre outros;
  • Ter problemas gastrointestinais ocasionados por quadros de ansiedade.

Além disso, alguns autistas podem manifestar episódios de raiva, hiperatividade, passividade, déficit de atenção, dificuldades para lidar com ruídos, falta de empatia em determinadas situações e aumento ou redução na resposta à dor e a temperaturas.

Níveis do autismo

Nível 1

Também conhecido como “autismo leve”, este é nível mais brando do transtorno, sendo caracterizado por dificuldades na interação social e comunicação, bem como comportamentos repetitivos e interesses restritos.

Sinais do autismo variam em cada pessoa e dependem do nível do transtorno no desenvolvimento neurológico. Na imagem, uma mulher brinca com seu filho autista

Sinais do autismo variam em cada pessoa e dependem do nível do transtorno no desenvolvimento neurológico – Foto: Reprodução/Freepik/ND

Segundo o Observatório do Autista, as pessoas com TEA no nível 1 podem ter dificuldade em iniciar ou manter conversas, interpretar expressões faciais e entender as nuances da linguagem. Porém, por se apresentarem de forma mais suave, normalmente essas dificuldades não são limitantes para a interação social.

Eles também podem apresentar comportamentos repetitivos, como balançar as mãos ou o corpo, e ter interesses intensos e restritos, como colecionar objetos específicos ou se concentrar em um tópico específico.

Apesar disso, pessoas com TEA no nível 1 geralmente têm habilidades de linguagem e comunicação relativamente intactas e podem se adaptar bem a mudanças na rotina.

Nível 2

Este segundo nível do TEA é considerado moderado e se caracteriza por dificuldades significativas na comunicação e interação social.

Pessoas neste nível podem enfrentar maiores desafios para iniciar ou manter conversas, interpretar expressões faciais e compreender nuances da linguagem. Além disso, assim como no nível anterior, podem apresentar comportamentos repetitivos e ter interesses intensos e restritos.

Nível 2 do autismo se caracteriza por dificuldades significativas na comunicação e interação social. Na imagem, uma criança autista brinca com peças de montar.

Nível 2 do autismo se caracteriza por dificuldades significativas na comunicação e interação social – Foto: Unsplash/Divulgação/ND

Indivíduos com TEA no nível 2 podem apresentar também dificuldades para se adaptar a mudanças na rotina e podem necessitar de apoio extra para lidar com situações sociais mais complexas.

Nível 3

Este nível é o mais grave, sendo também conhecido como severo. Além de apresentarem as características já descritas nos níveis 1 e 2, este também é caracterizado por dificuldades significativas de comportamentos repetitivos.

Normalmente, possuem uma deficiência mais severa nas habilidades de comunicação, tanto verbal quanto não verbal, e, consequentemente, dependem de maior apoio para se comunicar. Isso pode resultar em dificuldades nas interações sociais e na comunicação, exigindo um suporte mais intensivo no dia a dia.

Além disso, eles tendem a apresentar um perfil comportamental inflexível e podem ter dificuldades em se adaptar a mudanças, o que pode levá-los a se isolar socialmente se não forem incentivados.

Existe tratamento para autismo?

O transtorno do espectro autista não tem cura. No entanto, há tratamentos para minimizar alguns sintomas do distúrbio e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, pais e familiares, que participam também do tratamento.

Autismo não tem cura, mas o tratamento contínuo beneficia a qualidade de vida do paciente

Autismo não tem cura, mas o tratamento contínuo beneficia a qualidade de vida do paciente – Foto: Getty Images/iStockphoto/ND

O tratamento deve ser individualizado, respeitando as necessidades específicas de cada pessoa no espectro e pode ter ainda a participação de uma equipe multidisciplinar, com médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos e pedagogos.

As ações devem incentivar o indivíduo a realizar sozinho tarefas cotidianas, desenvolver formas de se comunicar socialmente e de ter maior estabilidade emocional. No entanto, é importante lembrar que somente médicos podem diagnosticar e indicar o melhor tratamento.

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