O que deu certo e o que deu errado no Lollapalooza? Festival teve lama, água de graça e saída confusa


Olivia Rodrigo, Alanis Morissette e Justin Timberlake foram as atrações principais, em uma edição que teve acertos e repetiu alguns erros das edições passadas. Lama invade o Lollapalooza 2025 após chuva
Luiz Gabriel Franco/g1
Neste ano, a décima terceira edição do Lollapalooza reuniu 240 mil pessoas no Autódromo de Interlagos, somando os três dias de festival: sexta-feira, sábado e domingo (30).
Olivia Rodrigo, Alanis Morissette e Justin Timberlake foram as atrações principais, em uma edição que teve acertos e repetiu alguns erros das oito edições passadas no autódromo.
O g1 entrevistou fãs do festival paulistano para entender o que foi bom e o que precisa melhorar na estrutura do Lolla. Veja a lista abaixo após o vídeo:
Pé na lama, choro em show, artista novo na playlist: fãs participam de ‘Bingo do Lolla’ e
O que deu certo?
Banheiros de cabine
Os banheiros em cabine são, com certeza, o grande acerto do festival. A maioria deles são bem estruturados e ficam disponíveis próximos aos palcos. Além disso, por não ser um banheiro químico, tudo fica mais higiênico. As filas foram pequenas ou inexistentes.
Facilidade para comprar itens
Sem a pulseira, comida e bebida agora podem ser compradas utilizando diversas opções. Antes, era somente com o valor carregado na pulseira do festival. Com facilidade de comprar e com vários vendedores ambulantes, ficou fácil comprar comes e bebes.
Stands concentrados
A maioria dos stands de patrocinadores do Lolla fica disponível em um só local afastado dos palcos, o que facilita a locomoção do público. As filas para pegar brindes, uma mania entre os frequentadores do Lolla, não atrapalharam a circulação de pessoas.
Lolla Confort no palco principal
Nesta edição, além do Lolla Lounge, a área vip do festival, também foi acrescentada a opção de ingresso Lolla Confort. O lugar próximo do palco principal não tem open bar, mas dá uma vista privilegiada. O espaço é mais alto que a pista normal e não ocupa a pista, fazendo com que o público com ingresso normal também consiga se aproximar do palco. Foi uma boa opção para quem quer um ingresso com algumas regalias, mas sem gastar tanto.
Distribuição de água
Era fácil ter acesso às estações para beber água para encher os squeezes entregues como brinde por um dos patrocinadores. Telões exibiam campanhas sobre hidratação para que os fãs não se esquececem de tomar água, distruída de graça nesses postos espalhados pelo autódromo.
O que deu errado?
Saída confusa no fim
Sair do Lolla é uma missão quase impossível para quem passou o dia inteiro curtindo o festival. O trajeto de saída dura quase 30 minutos e o público precisa caminhar por uma área completamente escura e apertada. É um problema que já acontecia em edições anteriores, mas é agravado em dias com uma atração principal mais forte, sem outros artistas mais fortes tocando antes ou depois. Na sexta-feira (28), dia de Olivia Rodrigo, a grande maioria dos fãs saiu no fim do show da cantora o que fez com que a saída fosse mais confusa e o trajeto mais cheio do que nas outras noites.
Pouco opção de comida
Fãs ouvidos pelo g1 reclamaram que o festival tem poucas opções de comida saudável, e as que existem são geralmente ultraprocessadas e em pouca quantidade. Segundo eles, quem quer se alimentar evitando frituras e derivados tem quase nenhum lugar para comer.
Ônibus circular
Em algumas edições do Lollapalooza, um ônibus circular ficava na porta da estação e trazia o público até o Autódromo. Neste ano, frequentadores ouvidos pelo g1 afirmaram que a opção não estava disponível e o trajeto até o festival foi feito a pé.
Programação com pouca diversidade
Nos últimos anos, esta foi a edição com a programação menos diversa. O line-up foi muito focado em pop, rock e eletrônico, principalmente com atrações que têm hits surgidos em vídeos virais do TikTok e do Instagram. Essas novidades que ainda tentam se firmar, claro, fazem parte da programação de um festival e são muito bem-vindas. Mas é possível conciliá-las com artistas mais estabelecidos e de outros estilos. Rap, funk e música latina, por exemplo, tiveram poucos representantes.
Após a chuva, Lollapalooza 2025 enche de lama e fãs escorregam no trajeto entre palcos
Dora Guerra/g1
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