Família de empresário cobra polícia após suspeitos confessarem assassinato


Bruno Lorenzo Moreira, de 27 anos, foi visto pela última vez em dezembro de 2024, em Praia Grande (SP). Parente afirma que suspeitos presos confessaram o assassinato do rapaz. Procurada, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) não se manifestou sobre o caso. Família pede que polícia encontre corpo de Bruno Lorenzo Moreira, que teria sido morto no litoral de São Paulo
Arquivo Pessoal
A família de Bruno Lorenzo Moreira, o empresário de 27 anos visto pela última vez em dezembro de 2024 em Praia Grande, no litoral de São Paulo, pede para que a Polícia Civil dê um desfecho ao caso. Uma parente do rapaz alega que os suspeitos presos pelo crime confessaram o assassinato e deram a localização do corpo às autoridades.
✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp.
Um boletim de ocorrência supostamente registrado pelo irmão do jovem aponta que ele desapareceu após ir com um amigo até uma biqueira (ponto de tráfico) perto da Avenida Presidente Kennedy, em Praia Grande, na madrugada de 29 de dezembro. Sete suspeitos foram presos e um segue foragido.
Conforme apurado pelo g1, os familiares já consideram Bruno como morto após o suposto relato dos presos à polícia. Segundo a parente, que preferiu não ser identificada, também existem imagens que mostram os últimos momentos do rapaz vivo.
“Tem a filmagem deles [criminosos] pegando o Bruno, batendo nele, arrastando ele para dentro da viela e depois tiram ele já desacordado. Até então parece que ele saiu vivo, mas levaram para [a comunidade do] Caieiras, [em Praia Grande]”, disse a parente.
Ainda de acordo com ela, a família foi informada sobre Bruno ter sido apresentado como policial aos criminosos. “Esse amigo dele estaria junto com um policial civil que entregou o Bruno [aos suspeitos]”, acrescentou a familiar.
A parente pontuou que, além de não fazer o uso de drogas, Bruno mantinha uma vida saudável. “Ele era essas pessoas que são viciadas em academia, em fazer dieta, e não bebia. Para sair de casa para um barzinho era uma luta porque ele não gostava de ambiente cheio”, complementou.
Com base no suposto depoimento dos criminosos, segundo ela, o rapaz foi executado após passar pelo tribunal do crime. “A gente está preocupada com o corpo porque queria poder fazer um enterro digno para ele. O velório a gente sabe que, pelo tempo, já não dá mais”, finalizou.
O g1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Buscas pelo corpo
Bruno Lorenzo Moreira está desaparecido desde 29 de dezembro, quando foi visto pela última vez em Praia Grande, SP
Arquivo Pessoal
Pouco depois do sumiço de Bruno, o filho dele nasceu. A situação aumentou o clamor da família por um desfecho do caso. O objetivo, segundo a parente, é que o menor futuramente possa entender o que aconteceu com o pai.
A familiar alegou que as buscas pelo corpo não foram feitas por parte das autoridades, uma vez que o cadáver estaria em uma área de mangue onde seria mantido um ‘cemitério clandestino’. Segundo ela, outras vítimas seriam encontradas no local.
“A polícia meio que não quer ir atrás do corpo porque onde ele está parece que é um cemitério clandestino, então se mexer lá vai achar homicídio de gente que está desaparecida há muito tempo e que o caso foi arquivado. Eles estão jogando por baixo dos panos, sabe?”, alegou ela.
Suspeito preso
Alexandre Diego (à esq.) foi preso por envolvimento no desaparecimento do comerciante Bruno Lorenzo Moreira (à dir.)
Polícia Civil e Redes Sociais
Um homem de 21 anos foi preso suspeito por envolvimento no sumiço de Bruno. Alexandre Diego foi detido preventivamente por homicídio na manhã de 15 de março, embora o comerciante ainda seja considerado desaparecido.
Policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém receberam uma denúncia anônima, por meio da Delegacia Seccional, informando que o procurado da Justiça estaria em um conjunto habitacional no bairro Guapurá.
Os policiais se deslocaram até o local e cercaram um imóvel na Rua Edina Maria Neres Pacheco, impedindo que Alexandre fugisse. Diante disso, ele se entregou sem oferecer resistência. Durante a abordagem, nada de ilícito foi encontrado com Alexandre, que estava acompanhado da companheira e da avó no imóvel.
Alexandre negou envolvimento no desaparecimento do empresário. Conforme apurado pelo g1, além de Alexandre, o pai dele e outras seis pessoas estariam envolvidas no caso. Até o momento, sete envolvidos já foram presos, enquanto um ainda segue foragido.
Desaparecimento
Família procura por empresário que desapareceu e foi visto pela última vez, no bairro Caiçara, em Praia Grande (SP)
Redes Sociais
O BO aponta ainda que o empresário e o amigo teriam se envolvido em uma confusão antes do desaparecimento, mas que o colega conseguiu fugir. No registro policial, o declarante disse acreditar que o empresário esteja preso pelos traficantes.
Em 1° de janeiro, uma atualização no BO, também feita de forma eletrônica, afirmou que a última localização do celular de Bruno mostrava que o aparelho estava em um conjunto residencial em Mongaguá.
Relembre outro caso
Corpo de PM desaparecido é encontrado no litoral de SP
O corpo do policial militar Luca Romano Angerami, de 21 anos, que esteve desaparecido por mais de um mês, foi encontrado em Guarujá, no litoral de São Paulo, em maio de 2024.
Conforme apurado pela equipe de reportagem, o corpo do PM foi encontrado enrolado em uma lona, em cima de um morro na região da Vila Baiana. Os policiais do 1º e 5º Distritos Policiais de Santos (SP) caminharam durante duas horas para chegar no local.
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos
Bookmark the permalink.